domingo, 11 de novembro de 2012

OPINIÃO DE PRIMEIRA


 
PREFEITA NEGRA ROMPE OBSTÁCULOS NA CIDADE DOS ALEMÃES
De vez em quando esse país, tão cheio de problemas e tão complexo, dá à gente algum exemplo que nos enche de esperança. Um dos casos recentes aconteceu na pequena cidade de Dois Irmãos, na região do Vale do Sinos, centro produtor de sapatos femininos, no Rio Grande do Sul. A cidade tem mais de 92% da sua população de pessoas de cor branca. Mais que isso, é uma das localidades gaúchas onde a descendência alemã é de quase 100% do povo. Há locais na cidade e em outras próximas em que o português não era, até há poucos anos, a língua mais falada. Era um dialeto alemão, trazido desde os tempos da imigração, iniciada há quase 190 anos atrás. Pois Dois Irmãos e a região de descendência alemã, sempre tiveram, até há pouco, a pecha de serem racistas e preconceituosas. Na cidade, hoje, dos seus 27 mil habitantes, apenas cerca de 500 são negros ou pardos. A grande maioria tem a pele alva como os têm todos os de DNA germânico. E, exatamente ali, naquela pequena cidade gaúcha, até há pouco recheada de preconceitos, que surgiu um dos fatos mais importantes da última eleição municipal.

Quem é do sul e da região, sabe o que isso representa: Dois Irmãos elegeu uma mulher, negra, divorciada e mãe de dois filhos. É a primeira prefeita negra da história gaúcha. A enfermeira Tânia Terezinha (foto) rompeu todos os obstáculos, acabou com os preconceitos tanto em termos de raça quanto de estado civil, já que a pequena Dois Irmãos ainda parecia viver no passado, onde uma mulher divorciada era mal vista e os antigos valores familiares ainda são fortes. Enfim, essa é uma história que merece ser contada. Podemos comemorar que, de vez em quando, os brasileiros realmente surpreendem a todos. A história da Tânia, prefeita negra no meio da imensa maioria branca, é uma prova disso.
 

DINHEIRO TEM
Ainda há obstáculos, mas o principal deles, o dinheiro, está assegurado. A bancada federal de Rondônia garantiu que está incluído no orçamento federal de 2013, nada menos do que 300 milhões de reais, para que sejam pagos os salários dos servidores do ex-Território Federal, transpostos para a folha de pagamento da União. A deputada Marinha Raupp, coordenadora da bancada e seus companheiros comemoram o passo decisivo. Falta agora apenas votar uma lei no Congresso para regulamentar o que ainda não está OK.

MUDANÇA À VISTA
Por falar em bancada federal: logo pode surgir novidade em relação a ela. Recurso de Lindomar Garçon (que chegou ao segundo turno na eleição para a Prefeitura de Porto Velho), pode ser analisado em última instância pelo Judiciário em breve. O que se ouve nos bastidores é que a tendência é de que Garçon retome seu mandato na Câmara Federal, que ele perdeu por causa de uma questão menor e mudanças na totalização de votos da sua coligação. O caso está muito perto de chegar ao fim.

CASO COMPLICADO
Outra questão que ainda depende de decisão judicial, pode mudar a composição da nova Câmara de Vereadores de Porto Velho. O caso envolve o vereador eleito Ediwilson Negreiros, acusado de compra de votos poucos dias antes da eleição. Caso seja impedido de assumir, seus votos seriam anulados e mudaria a soma das coligações, influenciando na composição das bancadas. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral pode ser anunciada no início desta semana, mas mesmo que seja contra o vereador, ele ainda poderá recorrer à instâncias superiores.

SÓ EMPRÉSTIMO
Não é só o governador Confúcio Moura que protesta contra a drástica queda no Fundo de Participação dos Estados (FPE) e outros impostos. Nesta semana que termina, governadores de todo o país (principalmente os mais pobres, do Norte e Nordeste), foram a Brasília, de pires na mão, exigir que a União resolva o impasse, já que todos correm o risco de ficarem sem dinheiro para cumprir seus compromissos. Por enquanto, só receberam um sinal positivo de conseguir empréstimos federais com carência de três anos, para cobrir o buraco. Afora isso, nada mais.

VELHO OESTE
No Mato Grosso, em pleno século 21, cenas do início do século 19, do Velho Oeste americanos: balas contra flechas. Índios caiabis atacaram policiais federais que cumpriam ordem judicial de acabar com o garimpo ilegal no rio Teles Pires, norte do MT. Atacaram os federais com flechadas, ferindo pelo menos dois policiais. Eles revidaram, tocando chumbo nos agressores. Um índio morreu e outros ficaram feridos. Para não haver um massacre, ao menos por enquanto a ordem judicial deixou de ser cumprida. Assim é o Brasil, que de vez em quando entra no túnel e traz a violência de eras passadas.

PLANTIO NA CAPITAL
Iniciativa da Prefeitura tem que ter todo o apoio da comunidade. E fiscalização. No final deste mês, nada menos do que 13 mil mudas de árvores e plantas nas principais ruas e avenidas de Porto Velho, além dos seus distritos. A intenção é a recuperação de áreas de preservação permanente como os canais e arborização de espaços públicos e privados no perímetro urbano e rural. Em plena Amazônia, a Capital rondoniense tem poucas árvores plantadas. Está na hora de começar a mudar esse quadro.

PERGUNTINHA
As milhares de postagens de apoio ao ministro Joaquim Barbosa, nas redes sociais, podem fazê-lo pensar em concorrer à Presidência em 2014?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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