sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nietzsche para estressados

Precisamos pagar  pela imortalidade e morrer várias vezes enquanto estamos vivos

Nietzsche
Nietzsche sugere que não há apenas uma morte ao longo da existência humana. No decorrer da vida, vamos vencendo etapas e devemos morrer - simbolicamente - para podermos nascer no estágio seguinte. Essa transição de uma vida a outra  é que as tribos mais ligadas à terra chamam de "ritos de passagem", um momento que nossa civilização vem abandonando.

O antropólogo catalão J.M. Fericgla comenta o assunto:
Sem entrar no mérito da religião, a primeira comunhão era tradicionalmente um rito de iniciação: uma porta simbólica que conduzia da infância à puberdade. Os meninos ganhavam suas primeiras calças compridas após a cerimônia, transformado-se em homenzinhos. Isso coincidia com a permissão para sair à rua sozinhos  mesmo que apenas para comprar pão. O padrinho costumava abrir uma conta-corrente no nome do afiliado. Também no momento da primeira comunhão os meninos ganhavam seu primeiro relógio, o que significava um conrole adulto do tempo.

Um bom exercício para tomar consciência das vidas que existem dentro de nossa vida é fazer uma relação das etapas que já superamos e verificar se houve algum rito de passagem entre uma e outra. Depois podemos perguntar a nós mesmos: "Que é a próxima vida em que quero nascer?".
Fonte: Do Livro Nietzsche para estressados - Allan Percy

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