Como a ansiedade e o medo trabalham para boicotar seus esforços para ser bem sucedido na vida
Hoje, vamos conversar sobre problemas que, apesar de nascerem na mente, afetam em cheio a organização emocional e terminam por boicotar os esforços para manter a vida e os planos organizados e em progresso.
O medo e a ansiedade encabeçam a lista desses problemas emocionais. Ambos nascem no nível das “ideias”, ou seja, na mente. Ao contrário do que pensa a crença popular, na maioria dos casos o medo e a ansiedade não são doenças e, portanto, não devem ser medicados. Veja que estamos falando aqui de casos de medo e de ansiedade corriqueiros do dia a dia, em um nível que praticamente todo mundo enfrenta. Não estamos falando de casos clínicos como síndrome do pânico, depressão, distúrbio bipolar ou qualquer outra condição que represente uma doença de fato e que precise de tratamento médico. Essa é uma outra história e deve ser avaliada e tratada por um profissional competente. As dicas que dou aqui servem apenas para os casos de insegurança (medo) e ansiedade em um nível totalmente administrável, como aquele frio na barriga antes de falar em público ou a insegurança para assumir responsabilidades mais sérias na vida.
Essas condições emocionais podem afetar também a tendência à dispersão, da qual falamos no artigo anterior. O medo e a ansiedade, por exemplo, podem fazer com que a pessoa procure retardar certos eventos que ela teme enfrentar. Essa tentativa de retardar algum acontecimento pode se manifestar através da dispersão, quando a pessoa faz “outras coisas” para evitar fazer o que ela sabe que precisa fazer para completar um projeto e, consequentemente, se expor à situação que ela teme enfrentar. Quanto mais ela demorar para terminar o projeto, mais tempo ela terá para se preparar para enfrentar a situação – pelo menos é assim que ela pensa, mesmo que inconscientemente.
Algumas dessas situações podem envolver o famoso “medo do sucesso“. A pessoa se sente tão insegura com relação à própria capacidade que ela teme se expor e ser negativamente julgada em público. O “truque”, então, é retardar o máximo possível essa exposição pública até que ela se sinta mais “preparada” para enfrentar a situação. O problema é que o autoengano tem um papel fundamental nessa história.
Quem sempre sente que precisa “se preparar” mais, indefinidamente, jamais se sentirá pronto, a não que resolva o problema que está por trás desse medo todo.
A solução para esses problemas emocionais, no entanto, é justamente o que as pessoas que sofrem deles mais temem: a exposição pública e a experiência. Pessoas inseguras e ansiosas geralmente fazem uma tempestade em copo d’água imaginando o pior das situações, sendo que a realidade nunca é tão ruim ou drástica – às vezes pode ser até mesmo prazerosa. Só mesmo ao passar pelas experiências, mesmo que sejam necessárias várias repetições, é que a pessoa supera o medo e a ansiedade, pois a realidade da experiência expõe a banalidade da situação.
A excelência pessoal depende fortemente da superação dessas “armadilhas mentais” que fazem com que a pessoa imagine que a realidade será muito pior do que ela é de fato e, com isso, tenha medo de passar por experiências na vida. A coragem e a audácia são características imprescindíveis na personalidade excelente e só desenvolvemos essas características na prática da vida cotidiana tentando, dando o melhor de nós mesmos e aprendendo com os nossos erros sem fazer um drama enorme cada vez que pisamos na bola.
Fonte: Fran Kristy - Administradora de Empresas
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