terça-feira, 26 de junho de 2012

Vampiros búlgaros ofuscam romenos na busca pela origem da lenda

A Bulgária passa a questionar a vizinha Romênia sobre a origem pagã da lenda dos vampiros, ao abrigar em Sófia o esqueleto d um susposto "bebedor de sangue", que, por sua vez, foi encontrado há alguns dias em um túmulo medieval na cidade de Sozopol e às margens do Mar Negro. O suposto vampiro, ou melhor, o esqueleto de um homem, cuja identidade e idade ainda são desconhecidas, foi enterrado em uma casa com uma barra de ferro cravada em seu coração. A partir desta sexta-feira, os restos mortais desse "vampiro" serão expostos no Museu Nacional de História em Sófia.

O personagem, que data do século XIV, é uma clara mostra de um costume pagão, o qual consistia em atravessar o coração dos mortos com uma lamina metálica para que o mesmo não  conseguisse ressuscitar. Assim explicou. Assim explicou à imprensa o diretor do museu, Bozhidar Dimitrov, ao apresentar o achado. Na ocasião, Dimitrov datou a origem dessa crença em vampiros na idade Média e, in clusive, mais cedo na época dos conventos cristão no reino búlgaro.

"Os vampiros são parte da miltologia búlgara e essa crença é fruto do pré-cistianismo, mas o próprio cristianismo rejeitou essa lenda", explicou Dimitrov, um reconhecido historiador búlgaro. Segundo o estudioso, a crença popular daquela época consitia na morte, já que somente as pessoas justas e sem pecados teriam sua alma elevada aos céus.

Pelo outro lado, as almas dos maus ficavam em seus  corpos e, muitas vezes, precisavam sair de baixo da terra para beber sangue, primeiramente de animais e, posteriormente, se seres humanos, reza a lenda. Com a intenção de evitar que um ser se transformasse em vampiro, um grupo de valentes locais exumava o cadáver, na noite posteior ao enterro e antes da meia-noite, e crava uma barra de ferro ou de madeira no peito do  morto.

"Nos mais ricos, usavam ferro e, nos mais pobres, cravavam uma adaga de madeira, assegurou Dimitrov, após ascrescentar que assim se achava que o peso do material pressionaria o morto para que ele não conseguisse levantar. O pesquisador ressaltou que o fato registrado na terras do que hojé é Romênia seja o verço do vampirismo, criada graças ao livro "Drácula, publicada em 1897 pelo irlandês Bram Stoker e baseada em contos populares da região sobre um governante local chamado Vlad Tepes.

O diretor do museu também disse que o esqueleto em questão foi achado atrás de uma igreja medieval, um lugar reservado especialmente para enterrar pessoas importantes e de alto nível social, como prefeitos, arrecadores de im çostos, conselheiros municipais e sacerdotes. "Mas também poderia ser de um pirata marítimo que atuava nesta região naquela época. Era conhecido como Krivich", supôs Dimitrov.

Segundo o pesquisador, após o primeiro achado, um segundo túmulo também foi encontrado com uma barra de ferro atravessada no peito. Pela constituição dos ossos e pela proximidade do primeiro túmulo (apenas 50 centrimetros), Dimitrov suspeita, que es´ta poderia ser a esposa do tal nobre ou a do pirata. "Infelizmente, os ossos da suposta esposa estão em muito mal estado e não podem ser transferidos. Por isso, fomos obrigados a divorciar o casal", afirma Dimitrov.
Fonte: Alto Madeira

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