domingo, 24 de junho de 2012

Opinião de Primeira

O DESFILE DE CARRÕES, RECHEADOS
DE AUTORIDADES DO TERCEIRO TIME
Claro que ocorreu o que se previa! Segundo quase todos os analistas, a Rio + 20 pode entrar na história como um grande e retumbante fracasso. Pura perda de tempo e dinheiro. Mas, afora isso, não se pode dizer que não houve cenas circenses, dignas do grande espetáculo internacional, com gente de vários países, que o Rio de Janeiro reuniu nesta semana que termina. Houve apologia à maconha e uma passeata, até com bom número de participantes, para a liberalização da droga. Houve um protesto contra a fome, que reuniu o fantástico número de...seis pessoas. Houve passeatas em favor da criminalização da homofobia (essa, até com bom número de participantes), protestos contra as guerras, mulheres seminuas (foto) desfilando contra o machismo e o racismo e muito mais. Na essência mesmo, a notícia principal é que o trânsito do Rio se transformou num verdadeiro nó, porque várias pistas importantes foram fechadas para o desfile das autoridades, todas elas, com exceção de um ou outro Chefe de Estado, de segundo e terceiro escalões. Uma das mais importantes decisões foi de criar um grupo, que se reunirá a partir de 2014, para arrecadar fundos para futuras ações ambientais no mundo. Ou seja: desse mato não sairá coelho.

A crise internacional, uma das piores que o mundo já viu e os desmentidos sobre a iminência de um aquecimento global, a ausência de alguns dos mais importantes Chefes de Estado do mundo e os discursos de cientistas verdes e não verdes, cada um falando uma linguagem, certamente influíram para que a Rio +20 fosse apenas mais uma gastança desnecessária. Depois dela, o único alívio foi dos motoristas do Rio, que já puderam voltar a enfrentar o trânsito caótico, sem ter que ficar horas esperando por desfile de carrões, todos recheados de autoridades do terceiro time.

OS DOIS LADOS
Independente financeiramente, sem precisar de ajuda para sua campanha, o empresário Mário Português entra na disputa pela Prefeitura da Capital ainda com outras vantagens. Não tem rejeição, não precisa implorar por ajuda dos seus companheiros nos diferentes estágios da campanha e, ainda, já tem promessa de grandes partidos, de que se ele chegar ao segundo turno, receberá muitas adesões. A principal desvantagem é que é pouco conhecido da grande massa do eleitorado. Terá, se confirmar a candidatura, pouco menos de três meses para mudar essa situação.

OLHOS COMUNITÁRIOS
Na manhã desse sábado, ele promove uma reunião no Rondon Palace, com convites emitidos para todos os presidentes de partido. Mário vai explicar porque é candidato e propor uma união de forças para melhorar a cidade. É um idealista, o empresário de sucesso. Mas também um pouco ingênuo na política. Na grande maioria dos casos, os donos de partidos não estão com seus voltados para a comunidade, mas sim para seus bolsos. Querem é o poder. Claro que há exceções, mas elas são tão poucas,não mudam o triste quadro em que se transformou a política.

POR POUCO
Mário Português só não foi candidato a vice, no segundo mandato do então governador Ivo Cassol, porque faltou a ele um documento que comprovasse sua filiação partidária ao PPS em tempo hábil. Deixou de concorrer por um ou dois dias que teria faltado para atestar a filiação. Como legalmente não pôde disputar, entrou em seu lugar João Cahulla, então chefe da Casa Civil. Que, aliás, tornou-se governador por seis meses, quando Cassol saiu para disputar o Senado. Ou seja, se não fosse pela falta de um simples documento, Mário teria sido o governador de Rondônia por 180 dias.

CABELOS EM PÉ
A crise na Justiça do Trabalho, envolvendo as principais personalidades do mundo jurídico da área, deixou a todos de cabelos em pé. Se um magistrado, como Vulmar Coelho, vai para a frente do suntuoso prédio onde funciona o TRT para criticar pública e abertamente seus colegas, é porque a coisa está mesmo merecendo profunda investigação. Se um desembargador precisa fazer o que o dr. Vulmar fez, clamando por Justiça, imagine-se as pessoas comuns... É lamentável.

SÓ EM RONDÔNIA...
A presidente do TRT, desembargadora Vania Abensur emitiu nota lamentando as críticas públicas do seu colega e dizendo que todas as investigações do caso dos precatórios estão andando dentro dos trâmites legais. Mas, para a opinião pública, ficou mesmo a cena – inédita no Brasil – de uma autoridade do alto clero do Judiciário usando um megafone em frente ao prédio do órgão e dando duro nos seus companheiros. Quando se diz que algumas coisas só acontecem em Rondônia, há quem ache ruim...

VAMOS FICAR DE OLHO!
Depois da CPI do Cachoeira, que desandou porque, é claro, os governistas, que são maioria, não querem que o povo saiba de muitas mutretagens envolvendo gente ligada a eles, apareceu uma ideia genial do ministro Marco Aurélio Mello. Ele sugeriu que, no caso do Mensalão, os denunciados que não tenham foro privilegiado sejam julgados pela Justiça comum e não pelo STF. Isso significaria que, daqui uns 20 anos, quando o caso estivesse prescrito duas vezes (!!!), é que o caso entraria na pauta. Vamos ficar de olho!

PERGUNTINHA
É melhor sofrer um pouco e durante alguns dias com o trânsito complicado no centro da Capital enquanto várias obras são feitas ou ficar reclamando que elas não são realizadas?
Fonte: Jornalista Sérgio



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