UM MOMENTO DA HISTÓRIA QUE A
JUSTIÇA GOSTARIA DE ESQUECER
O mês de maio marca uma data que deve ser lembrada como um dos piores momentos do Judiciário brasileiro, porque foi só no ano passado, onze anos depois, que um assassino começou a cumprir sua pena. Há 12 anos atrás, o poderoso jornalista Pimenta Neves assassinou, brutal e covardemente, sua ex-namorada, Sandra Gomide. Ele considerava a ex como sua propriedade e dela se descartou, quando sentiu que jamais a teria de volta. Pois se passaram mais de onze anos – só em maio de 2011 ele acabou preso -, mesmo depois de ter confessado o crime, sido julgado e condenado a mais de 19 anos de prisão. Os inúmeros recursos e a leniência dos juízes, abrigando os pedidos para empurrar com a barriga o cumprimento da sentença, causaram um dano irreversível na imagem do Judiciário. Não fosse a pressão da opinião pública, até hoje o agora septuagenário assassino estaria usufruindo de vantagens legais para não ir para a cadeia, como se a vida que ele tirou não tivesse valor nenhum.
Pior é que o caso de Pimenta Neves não foi isolado. Em muitos casos, as leis benevolentes e a lentidão histórica da Justiça, têm permitido que assassinos não sejam punidos. E a impunidade é o maior incentivo a cada vez mais violência. Com algum dinheiro e prestígio, os criminosos sabem que não é difícil se livrar do peso da lei. No final das contas, no caso da morte da jovem Sandra Gomide, juízes, promotores, desembargadores, todos ficaram empurrando a responsabilidade de um lado para outro, enquanto o matador cruel usufruía da sua liberdade. Uma vergonha que demorará anos para ser esquecida. Pimenta Neves está há menos de um ano preso. Sandra, a jovem friamente morta, não teve complacência alguma. No Brasil, os criminosos são tratados com deferência. Suas vítimas, lamentavelmente, não podem mais reclamar. Estão mortas.
SALVAÇÃO DA LAVOURA
Semana das mais importantes para o comércio, especialmente o de Porto Velho, onde alguns setores estão sentindo queda bastante preocupante nas vendas. O Dia das Mães é a segunda data mais importante do ano e, os lojistas assustados, estão torcendo para que o consumidor corra para as lojas. No área comercial do centro, além de outros problemas, há ainda uma situação complexa, que pode afetar muito o volume de vendas: não existe lugar para estacionar. Até porque quem trabalha naquela região, deixa seus carros às vezes o dia inteiro, impedindo que o consumidor chegue às lojas.
QUANDO SERÁ?
Leitor questiona: a operação da PF e Ministério Público comentada nesta coluna, teria ligação com a que envolve rolos da Fundação Rio Mar e da Unir? Resposta: nada a ver. A bomba que está em banho maria e ainda não explodiu, não se sabe as razões, é de muito maior potência e envolve denúncias pesadas de desvio de verbas federais. O assunto é de conhecimento de algumas das mais altas autoridades em diferentes áreas. Os federais e o Ministério Público podem agir a qualquer momento. Quando? Pelo menos até agora, ninguém sabe.
DURA PUNIÇÃO
Jesuino Boabaid, líder da greve da PM no ano passado, foi expulso da Polícia Militar, junto com outros sete cabeças do movimento. O grupo apresentou vários recursos, todos negados pela corporação e pelo governo. Agora, o assunto vai para os tribunais. Os oito envolvidos na greve, que a lideraram e se tornaram quase heróis perante seus companheiros de farda, mesmo cometendo inúmeros exageros, vão tentar ainda reverter a decisão já assinada pelo governador Confúcio Moura. Agora, tudo dependerá da Justiça comum.
NANICOS UNIDOS...
Cinco dos partidos considerados “nanicos” estão confirmando a pré-candidatura do vereador Mário Sérgio, à Prefeitura da Capital. Seria o sexto nome já posto como pretendente à cadeira de Roberto Sobrinho. Estariam na aliança o PMN, o PSL, o PTN, o PRB e o PRP. Os nanicos, no geral, ensaiam, avisam, anunciam e na Hora H negociam cargos e pequenas vantagens, principalmente para seus líderes. Ao que parece, pelo menos dessa vez a coisa pode ser diferente. Mário Sérgio já fala como candidato.
ALGUÉM VAI PRESO?
Atenção consumidores: decisão da Câmara Federal, que ainda precisa do aval do Senado e da sanção presidencial, prevê prisão e multas pesadas para hospitais ou clinicas, públicas ou privadas, que exijam algum tipo de garantia de pagamento dois serviços médicos. Ou seja, aquele esquema de condicionar o atendimento emergencial a qualquer garantia, como o cheque, caução ou promissória, poderá resultar em pena de prisão. Se não fôssemos o país da imunidade, até que se poderia comemorar esse avanço. Mas como é no Brasil, não se sabe se alguém será mesmo punido.
DISPUTA EM ROLIM
A família Cassol volta a disputar uma eleição. Dessa vez será o irmão mais velho do ex-governador e hoje senador Ivo Cassol. Cézar já teve sua pré candidatura lançada em Rolim de Moura. Vários partidos estariam se preparando para formar uma aliança das mais fortes na cidade. A eleição em Rolim será também das mais quentes, em outubro. Ivo Cassol já garantiu que estará no palanque do irmão e que quer recuperar o controle da cidade onde foi prefeito por duas vezes.
PERGUNTINHA
Quando terminará a greve que ajuda piorar a situação de centenas de doentes, sofrendo cada vez mais com a enorme deficiência da saúde pública?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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