domingo, 13 de maio de 2012

Opinião de Primeira

CÓDIGO FLORESTAL: DEMOCRACIA SÓ
QUANDO O GOVERNO NÃO É DERROTADO
Depois de longos anos, o Código Florestal foi aprovado pelo Congresso. Está nas mãos da presidente Dilma Rousseff, que pode vetá-lo parcial ou até totalmente. A discussão atravessou quase duas décadas, passou por várias composições da Câmara e Senado e finalmente foi aprovado. Mas, como não atendeu às exigências dos ambientalistas e principalmente das ONGs internacionais, a realidade é que o assunto pode voltar perto da estaca zero. Tanto que deputados e senadores já estão apresentando novos projetos sobre o Código Florestal antes mesmo de Dilma analisá-lo. É mais uma prova da ineficiência do Congresso e do desprezo por suas decisões, num sistema que só é aceito como democrático se atender os interesses do governo. Ou seja, se perder no voto, o Executivo tem poderes para não aceitar a derrota e refazer as coisas como acha que elas têm que ser. Para que servem, então, a Câmara Federal e o Senado? Se não for para dizer amém, parece que sua inutilidade é óbvia.

A questão do Código é emblemática. Parecem não estar em discussão, na realidade, os verdadeiros interesses da Nação, que permitam desenvolvimento com equilíbrio com a natureza. A essência do debate é ideológico e político-partidário. De um lado os ruralistas, que produzem e transformaram o agronegócio no mais importante setor do PIB nacional. De outro, os ambientalistas e onguistas, muitos deles que em seus países de origem são tratados com desprezo e gozação, mas que no Brasil encontram solo fértil para suas ideias, algumas poucas até boas, mas no geral eivadas de interesses para pressionar o Brasil a dar-lhe parte de nossas riquezas naturais. O Código Florestal é uma incógnita. Não se sabe, por fim, se ele terá mesmo alguma utilidade prática para o Brasil do futuro.

JÁ TEM 13
A lista cresce: Mauro Nazif, Lindomar Garçon, Miguel de Souza, Fátima Cleide, José Augusto, Bosco da Federal, Dalton di Franco, Mário Sérgio, Amado Raahl, Ivan da Rocha, Hermínio Coelho, Mariana Carvalho, Ivo Benitez. Todos esses nomes estão na relação dos pré candidatos à Prefeitura de Porto Velho. Ela será, obviamente, bastante depurada, até o início de julho. Nela ainda falta um nome, o do PSOL, que gostaria de se aliar ao PSB de Mauro Nazif, mas não tem o aval do diretório nacional, que exige candidatura própria. A disputa está cada vez mais acirrada.

AÇÃO TROGLODITA
Motoristas protestam contra a forma truculenta e ilegal com que agentes de trânsito estão arrancando os insufilm dos carros, quando eles têm proteção acima do permitido por lei. É bom lembrar que os guardas podem multar, até mandar guinchar o veículo, mas jamais tocar nele. É propriedade particular intocável. A Polícia Rodoviária, por exemplo, age dentro da lei. Ao detectar um carro com cobertura de insufilm acima do permitido, só libera o veículo se o próprio motorista arrancar a película. Guardinha de trânsito não tem nada que meter a mão no que não é seu. É abuso e tem que ser denunciado.

MENOS BURACOS
Um verdadeiro mutirão antiburacos está sendo realizado em toda a Capital. A Prefeitura começou com força total o fechamento da buraqueira causada pelas pesadas chuvas, que recém estão passando. E os trabalhos acontecem, simultaneamente, em vários bairros. Na área do Santo Antonio e Liberdade, em poucos dias, os maiores problemas já estavam resolvidos. Agora, as ações chegam às zonas leste e sul. A secretária Miriam Saldaña acompanha pessoalmente o serviço e tem cobrado celeridade.

MORTES ANUNCIADAS
A informação de que o mercúrio ainda utilizado nos garimpos do rio Madeira estão causando deformação em bebês, assusta. O mercúrio é um metal pesado, que a natureza leva milhares de anos para absorver e causa danos irreversíveis ao organismo. Os fetos têm diversos tipos de deformação e geralmente não sobrevivem. Foram registrados 22 casos deste tipo em apenas seis meses, com grávidas que atuam em áreas de garimpo. O uso do mercúrio é proibido, mas muitos garimpeiros ignoram o perigo. E as mães também.

FORA DO ALCANCE
Mais condenados no caso Celso Daniel, o prefeito petista de São Bernardo do Campo, assassinado, porque descobriu falcatruas em dinheiro sujo, usado para campanhas políticas do seu partido. Os executores foram condenados a pesadas penas, uma década depois do crime. Os mandantes continuam soltos. Lá de cima, os que se beneficiaram com o esquema de corrupção, jamais serão alcançados. E o dinheiro desviado, é claro, jamais será devolvido. É o Brasil, país que pune os criminosos miúdos e não pune corruptos e bandidos do colarinho branco.

PACIÊNCIA TEM LIMITE
O impasse é total. Radicalizada, a greve da saúde, pelo menos até o final de semana, não dava sinal de terminar. O governo afirma que fez todas as propostas que podia. Os grevistas não aceitam nada, a não ser que todas as suas exigências sejam atendidas. Ou seja, isso não é negociação. Quando um dos lados não quer mais diálogo, a coisa fica preta. Está na hora da Justiça agir com rigor, porque não é possível que os doentes sejam tratados da forma como o estão sendo. Paciência tem limites. O que não dá é para continuar como está.

PERGUNTINHA
Há presentes e homenagens suficientes para agradecer tudo o que as mamães fazem por seus filhos, pela vida afora?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires



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