segunda-feira, 14 de maio de 2012

TRANSPOSIÇÃO DOS SERVIDORES

Transposição: sonho ou pesadelo?

Aos que me perguntam como veja a questão da transposição de servidores do estado de Rondônia para os quadros da União, respondo-lhes que com elevada dose de ceticismo. E por quê? Simplesmente, por que não vislumbro a mais tênue preocupação do governo federal, nem da nossa bancada, em Brasília, no sentido de resolver, de fato, o problema e, destarte, garantir a essa gente um direito líquido e certo.

Na prática, os nossos representantes (senadores e deputados federais) têm medo de peitar o governo da presidenta Dilma, pois temem perder as migalhas que caem da mesa do Palácio do Planalto, traduzidas em cargos comissionados e funções de confiança, entregues nas mãos de correligionários e cabos eleitorais, estrategicamente nomeados para esses postos, ainda que muitos não tenham um resquício sequer de competência.

Somem-se isso as malfadas emendas orçamentárias, ralos por meios dos quais recursos públicos são canalizados para a contrução de monstrengos e elefantes brancos superfaturados. Alguns, inclusive, sequer chegam a sair do papel, mas a dinheirama acaba sempre nas mãos, ou melhor, nas polpudas contas bancárias de meia dúzia de empresários espertalhões, retomando depois, em forma de doações, para custear campanhas eleitoriais milionárias.

Nos dias atuais, porém, transposição virou sinônimo de engodo, de esculhambação, de falta de respeito, uma espéicie de samba do Criolo Doido. Ora sindicalistas dizem uma coisa, Ora políticos dizem outra. ora, ainda, vem a Advocacia Geral da União e discorda de ambos. A coisa anda tão avacalhada que  o professor Pantera prefere chamá-la de "transputaria".

No fundo, ninguém se entende, ninguém quer ser incopatibilizar com ninguém, enquanto os coitados dos servidores ficam a ver navios, com cara de idiotas. Muitos, inclusive, já morreram. Outros, no entanto, embora tenham completado o tempo para aposentadoria, preferem continuar na ativa para não perder o benefício, pois neste país aposentar e nada é a mesma coisa.

Se os integrantes da bancada federal de Rondônia quisessem realmente resolver de uma vez por todas o problema, já teriam batido na mesa e exigido da União que se desse aos servidores de Rondônia o mesmo tratamento dispensado aos dos estados do Amapá, Roraima e Acre, mas faltam-lhes, em essência, espírito publico, disposição e coragem, pois temem perder a mamata nas flácidas tetas do governo, permitindo, assim, que o sonho de muitos se tenha transformado em pesadelo.
Fonte: Alto Madeira - Autor do texto (artigo): Valdemir Caldas



Meu comentário: Sábias palavras do Valdemir Caldas, expressou muito bem a real situação da Transposição. Com permissão  do autor, quero aqui acrescentar que tudo isto é realmente  ridículo para nós servidores. Na realidade acredito que além do que o Valdemir citou, existe o interesse político da situação. Esta situação para nós servidores é humilhante e passa a ser também vergonhoso para o estado. Acredito que isto,  o que está acontecendo com este tema, passa a ser uma verdadeira "masturbação mental" para o servidor. Esta situação é desgastante e com toda certeza uma falta de respeito com os trabalhadores. Mas eles, os políticos, não estão "nem aí" para a situação. O servidor é quem está sendo massacrado a cada dia que passa. 

                                                   Enquanto isso.......
                     Servidor esperando a Transposição!...

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