quarta-feira, 9 de maio de 2012

Comparativo entre a Kawasaki Versys 650 e a BMW F 800 GS

Muitos comparativos entre motos de propostas diferentes são feitos, talvez ajudem aos consumidores motociclistas que não sabem identificar as propostas das motocicletas e as compram simplesmente pelo visual ou preço, decidirem sobre a melhor para o seu uso.  Não é como comparar alho com bugalho, mas realmente a BMW F 800 GS e Kawasaky Versys 650 são motos bem diferentes em preço e proposta. Então a pergunta é: o valor entre as duas é justificável?

A resposta não é objetiva e nem fácil, afinal, quando dinheiro não é problema o lado emocional começa a superar o racional na hora de adquirir os "brinquedos". Para conhecer melhor as características de cada uma fizemos uma viagem que passou pelas cidades de São Paulo, Campos do Jordão e Monte Verde. O roteiro foi bem alterado para podermos sentir melhor as diferenças na terra (o que não foi pouca). Rodamos quase 60 quilômetros neste terreno. E pior, na chuva.

Mas vamos saber um pouco mais sobre as protagonistas deste embate. De um lado a conhecida Kawasaki Versys 650. Dona de um motor bicilíndrico e roda dianteira de 17″, a moto tem um lado mais esportivo, sem deixar de ser confortável. São 64 cv que tornam a Versys capaz de atingir os 200 km/h indicados no painel e garantem acelerações rápidas. Ela sai por R$ 29.990,00 (ou R$ 32.990,00 com ABS).

Do outro lado está a BMW F 800 GS. Uma nova lenda da marca alemã montada em Manaus que vem fazendo muito sucesso no mundo todo. O segredo? 85 cv, um ronco agressivo, suspensões e freios impecáveis e ABS de série. E o preço. bem menos convidativo, R$ 42.900.

Mas andar com uma autêntica moto alemã tem o seu custo - e as suas vantagens. Durante a viagem trocamos de moto diversas vezes e conseguimos apontar vantagens e desvantagens de cada uma. Na cidade, a BMW pode ser muito alta para pessoas abaixo de 1,75 metros. Mas quem não tem problema de altura desfruta da possibilidade de passar com o guidão por cima dos retrovisores dos carros. O aro de 21″ na dianteira (muito mais indicado para situações off-road) não reduz a agilidade da moto, mas sim garante robustez para a pilotagem em qualquer tipo de terreno, como por exemplo passar por enchentes ou qualquer outro obstáculo urbano. O único senão é a necessidade do piloto ter boa habilidade ao acionar a embreagem. A moto exige bastante controle, assim como no acelerador, para que o motor não apague ou acelere demais nos corredores.

Já a Versys é uma moto na medida. Gostosa de andar, mas sem uma característica marcante como na BMW. O ponto positivo é que tudo funciona como esperamos, com agilidade e precisão. E todo esse controle tem uma desvantagem: a pilotagem não fica tão prazerosa como na sua concorrente.

Em auto-estradas, notamos que apesar da roda de apenas 17″ na dianteira, o menor curso de suspensão e altura torna a Versys mais estável e confortável. O banco de dois níveis e a posição, em que o piloto vai "dentro" da moto e não "sobre" a moto, garante mais conforto. Mas por vezes esquecemos que estamos em uma trail média. Isso devido a falta daquela posição mais ativa que a BMW tem, por exemplo.

Agora, na terra chega a ser uma covardia. Com suspensão dianteira invertida, banco estreito e roda dianteira de 21″, a BMW é só alegria. Quem está com a Versys tem mais dificuldade em se posicionar, além do medo de amassar o aro em alguma pedra do caminho.

Nos equipamentos, a BMW supera com o ABS, aquecedores de manopla, tomadas 12V e na qualidade em geral da construção. Contudo, tudo isso tem um preço, que não é baixo. Afinal, é possível comprar uma Versys e ainda sobra para levar para casa uma moto de 250/300 cilindradas.

Resumindo, a BMW é superior. O mais justo seria comparar a BMW F 650 GS com a Versys, mas esta versão não teve continuidade. Em preço, a Versys se assemelha a BMW G 650 GS, dotada de um motor monocilíndrico bem inferior ao da Kawasaki.

Contudo, nesse embate de Davi contra Golias, a Kawasaki se mostrou o melhor custo/benefício, pois apesar do conjunto e desempenho inferiores, atende muito bem o seu dono sem ficar muito para trás em relação à BMW. Apenas na terra a disputa é desleal.

A BMW cobra por ser a referência da categoria e se dinheiro não for problema, delicie-se com a F 800 GS.
Fonte: R7.com.br, adaptado por RockRiders.com.br





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