O 1º DE ABRIL, HÁ 48 ANOS, PARECE
SER UMA LIÇÃO QUE NÃO SE APRENDEU
A 1º de abril de 1964 eclodiu a Revolução, que a sociedade brasileira lembra com seu nome real: ditadura militar. Os milicos não queriam que ela entrasse para a história no Dia da Mentira. Anunciaram-na como iniciada em 31 de março. Foi há 48 anos atrás. Mergulhamos então num período de escuridão, num regime desastroso, que acabou com a liberdade, implantou a censura e oficializou a tortura. Os acertos dos governos militares, que se sucederam por mais de 20 anos, foram pequenos, ante a grandeza da tragédia dos seus imensos erros. Quase meio século depois, as ideologias que se confrontaram naquela época estão, de novo, colocando as cabeças de fora, ignorando as lições do passado. Direita e esquerda, que deveriam estar mortas e sepultadas pela nova realidade em que vivemos nesse Brasil e no mundo inteiro, são ressuscitadas por ranços ainda insepultos. E colocam o nosso país, assim como muitos dos nossos vizinhos da América Latina, cada vez mais perto da volta a um período que todos os que viveram aquela época terrível, jamais querem ver de novo.
Antes de 64 a bagunça era grande. Os tanques venceram a ideologia esquerdista. Hoje, é claro, a realidade é outra, muito diferente. Mas há um pavio queimando, com confrontos muito semelhantes aos que criaram 64. A violência institucionalizada; o tratamento diferenciado que a lei dá, dependendo da cara do freguês; a corrupção que campeia; a demagogia institucionalizada; a classe política vivendo apenas para si mesmo, são repetições de retratos do passado. Quem viveu aquela época, sabe muito bem do que se está falando. Ainda bem que a maioria dos brasileiros é decente, tem bom senso e quer apenas viver em paz. O problema é que quem decide, a minoria, parece louca por mais briga. Tomara que todo esse raciocínio, não passe apenas de paranoia. Já tivemos nossa guerra. Não precisamos de mais uma.
NÃO ACONTECEU
No próximo domingo, completam-se oito anos de um dos mais tristes episódios da história de Rondônia: o massacre de 29 garimpeiros, dentro da Reserva Roosevelt, dos índios Cinta Larga. A tragédia se tornou maior, pela forma como tem sido tratada desde lá. Autoridades de todos os níveis, matizes e escalões, continuam fazendo de conta que nada aconteceu. Oito anos, noventa e seis meses depois, 2.880 dias e os cadáveres trucidados continuam insepultos, na mente daqueles que não esquecem o ocorrido. Ninguém foi punido.
“CADEIA OU CAIXÃO”
“A partir de agora, bandido em Rondônia só tem dois caminhos: ou a cadeia ou caixão”. A frase, forte, foi dita pelo secretário de segurança, Marcelo Bessa, em entrevista à TV Candelária. Bessa, cuja equipe conseguiu desarticular duas quadrilhas que roubavam caixas eletrônicas com dinamite, com ações fulminantes em menos de 48 horas, deu um recado direto. A polícia vai passar a agir com rigor no combate ao crime. É o que mais espera a comunidade rondoniense.
ANTIBEBUNS
O governo brasileiro reagiu, com toda a razão, contra a decisão que impede que outros exames, que não os do bafômetro e os de sangue valham para punir motoristas embriagados. O Planalto encaminhará ao Congresso uma nova lei, muito mais dura e que permitirá que testemunhos sejam aceitos como prova. O STJ prestou um grande desserviço ao país, ao impedir a punição aos assassinos do trânsito. O problema é a lentidão com que os assuntos vitais para o Brasil são tratados no Congresso. O risco é o projeto ficar apodrecer pelas gavetas...
MEDO NO AR
A ameaça de Fernandinho Beira Mar, contada por uma enfermeira da Policlínica Osvaldo Cruz, onde ele foi atendido, deixaram preocupadas autoridades e também a população. Beira Mar avisou que “Porto Velho vai explodir”. É caso gravíssimo e precisa ser investigado. Esse Presídio de Segurança Máxima de Porto Velho foi um presente grego que recebemos, com sua carga de bandidos da pior espécie. E quando eles chegam aqui, seus asseclas vêm junto, ficando por perto. Estamos em grande risco.
TEM QUE EXPULSAR
Rodoviária de Porto Velho. Casal tenta estacionar e um guarda municipal se aproxima. Diz que tanto os dois ocupantes estão sem o cinto de segurança. O motorista reconhece o erro e pede desculpas. Resposta do guardinha: “desculpa é o Baralho”, ou seja, pronunciou uma palavra impublicável. O motorista e a mulher que estavam no carro ficaram indignados. O guarda machão, repetiu: “Desculpe é o C.......". E mandou tirar o carro do local. Se esse sujeito, fardado e autorizado a agir como autoridade não for expulso, é porque a Guarda de Trânsito virou uma bagunça mesmo.
TROCA TROCA
Mudanças na Câmara de Porto Velho. Retomam suas cadeiras Claudio Carvalho; o diretor da Emdur, Mário Sérgio e o ex-assessor do governo, José Wildes. Saíram Elizeu da Silva, Chico da Lata e Cabo Anjos. Os três que voltaram às suas atividades de vereador, são candidatos na eleição de outubro. Cláudio Carvalho que ser o nome do PT à Prefeitura. Mário Sérgio, de um grupo de pequenos partidos. E José Wilde tentará a reeleição para a Câmara.
PERGUNTINHA
As medidas de corte nos impostos que a presidente Dilma Rousseff vão mesmo ajudar a melhorar a performance da nossa indústria, que cresceu no ano passado a níveis dos anos 50?
Fonte: Sérgio Pires
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