sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mulheres obesas ou diabéticas têm mais chance de ter filho autista

As mães obesas ou que sofrem de diabetes durante a gravidez têm mais chance de dar à luz crianças com autismo ou atrasos no desenvolvimento, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos. Os resultados, publicados na revista Pediatrics, levantam "sérias preocupações em termos de saúde pública", disseram os pesquisadores. No mês passado, as autoridades de saúde dos Estados Unidos revelaram que o número de casos de autismo diagnosticados aumentou 23% entre 2006 e 2008, afetando uma média de uma em 88 crianças.

Os autores do estudo examinaram 1.004 duplas mãe-filho de diversos níveis scoioeconômicos na Califórnia (leste). Aproximadamente a metade das crianças era autista, 172 sofriam de transtornos de desenvolvimento e 315 se consideravam normais. Embora o estudo não tenha indicado se o peso ou a diabetes da mãe durante a gravidez eram a causa dos problemas psicológicos das crianças, estabeleceu uma clara correlação entre estes transtornos e a saúde materna.

Por exemplo, as mães obesas tinha 67% mais chances de ter um filho com autismo e mais o dobro de possibilidades de ter um filho com algum tipo de transtorno que as mães de peso normal sem diabetes. Mais de 20% das mães de crianças com autismo e outros problemas de desenvolvimento eram obesas. Apenas 14% das mães de crianças com desenvolvimento normal era obesas durante a gravidez, indicou a pesquisa.

O vínculo entre a saúde da mãe e "os problemas de sesenvolvimento neurológico das crianças é preocupante e pode ter implicações em termos de saúde pública", disse Paula Krakowiak, da Universidade da Califórnia, no estudo. "Mais de um terço das mulheres americanas em idade de procirar são obesas e quase um décimo têm diabetes gestacional ou diabetes tipo 2 durante a gravidez", acrescentou Krakowiak.

Os cientístas acreditam que os problemas do feto podem ser resultados da exposição prolongada aos altos níveis de insulina nas mães diabéticasa, o que requer uma maior utilização de oxigênio e pode reduzir o fornecimento de oxigênio necessário ao feto. A diabetes também pode diminuir os níveis necessários de ferro para o feto, o que resulta em um fraco desenvolvimento cerebral.
Fonte: Revista Científica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário