Um novo medicamento que aumenta a sobrevida de pacientes com câncer de próstata avançado começa a ser vendido no Brasil neste mês. A abiraterona é o cap´´itulo mais recente na enxurrada de drogtas contra a doença lançadas na última década. Só nos últimos dosi anos, a FDA (agência dos EUA de vigilância sanitária) aprovou quatro quatro tratamentos contra a doença. Outras drogas já demonstraram sucesso em estudos e podem engordar a lista.
O tumor na próstata se alimenta da testesterona e de outros hormônios masculinos. Por isso, o tratamento precisa controlar o nível desses hormônios. Em casos avançados, é necessário eliminar essa fonte. Ou seja, fazer uma castração química. Mas, em alguns pacientes, o câncer "aprende" a contornar o problema. É possível que restem níveis baixos dos horm^^onios ou que o tumor use outras fontes de sustento.
"A principal causa para essa mudança (aumento dos tratamentos disponíveis) é que existe um melhor entendimento dos mecanismos que levam à resistência hormonal", disse à Folha a oncologista Cora Stemberg, da Universidade da Pensilvânia. Os novos tratamentos se concentram nesses casos. A abiraterona inibe outros hormônios que ajudam a alimentar o tumor.
CUSTO ALTO - Ainda não liberado no Brasil, mas já em uso nos EUA, o Provenge trabalha com outro método, que estimula o sistema imune. Segundo Fernando Maluf, do Hospital São José, "depois da castração química, não dá para dizer que a vida é normal. Mas os remédios conseguiram prolongar não só o tempo de vida como também a qualidade", diz. Os novos tratamentos são para poucos. A abiraterona será vendida por R$8.554 (preço da caixa com 120 comprimidos). Ainda não há previsão de quando, ou se, esse tratamento estará no SUS.
Fonte: Alto Madeira
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