SUBESTIMAR A FORÇA DO PT NA CAPITAL É
IGNORAR SUAS MUITAS CARTAS NA MANGA
Há quem subestime a força do PT na eleição municipal de Porto Velho. É bom que, antes disso, essas pessoas ouçam alguns argumentos. O primeiro deles é que a atual administração, embora tenha herdado muitos problemas em função do crescimento desenfreado da Capital, por causa das usinas, recebeu também muito dinheiro e está fazendo obras. Na área da saúde, por exemplo, no geral o sistema municipal está muito melhor que o estadual. Neste segundo semestre, depois das chuvas, a cidade virará um canteiro de obras, bem no período eleitoral. E obra dá voto. Tem ainda os programas sociais, principalmente o Bolsa Família, que é uma máquina de fazer voto. E que está na mão do PT. Registre-se que a popularidade da presidente Dilma Rousseff e do seu antecessor, Lula, será motivo de voto, em qualquer canto do país. Aqui também. Por fim, o PT já definiu seu nome, Fátima Cleide e, mesmo com a sigla dividida, há tempo para acordos, conversas, reconciliações entre os grupos dominantes do partido na maior cidade do Estado.
O grande adversário do PT em Porto Velho é o próprio PT. Dividido em alas, fracionado, com lideranças que falam mais mal dos próprios companheiros do que dos partidos adversários, os petistas podem perder para si mesmos. Fátima Cleide terá que ter força para aglutinar. E o prefeito Roberto Sobrinho e sua turma aceitarem engolir alguns sapos. Só assim o PT se confirmará como um dos favoritos para a disputa de outubro. Claro que a análise é apenas ilação, estudo de futurologia, tentativa de entender o quadro. Mas podem ter certeza: estão muito enganados os que ainda subestimam um partido que tem tantas cartas na manga para jogar numa eleição. As urnas vão dizer, em outubro, se todo esse raciocínio está certo ou certo estão os que acham que os petistas podem dar adeus ao Palácio Tancredo Neves.
SUCESSO
Merece registro o sucesso da realização do Seminário de Comunicação Pública, promovido pelo departamento de comunicação social do governo, comandado pelo competente Fred Perillo. O governador Confúcio Moura abriu o evento, que superlotou o auditório do Tribunal de Justiça e trouxe ao debate a importante questão das mídias públicas. Foi um momento não só de reflexão de como o poder público deve se comunicar, como também de como deve se relacionar com a imprensa. O título do evento não poderia ser melhor:” A Verdade Como Mídia”. Não precisaria dizer mais nada.
ANIMADO
Quem conversa com Miguel de Souza, sente sua vibração. Pré-candidato do PR à Prefeitura, Miguel está caminhando ainda sozinho, depois de rompida a aliança com PSDB e PV, mas o que tem ouvido por onde anda, o tem deixado cheio de esperanças. É um técnico e um político, cheio de experiências, homem de planejamento e de obras. Na hora da urna, esses quesitos podem pesar muito a favor dele. Nos últimos dias, é notória a animação do ex-deputado federal. É nome quente para outubro.
MAIS DOIS
Mauro Nazif e Lindomar Garçon também estão no trecho. Ambos só esperam os prazos legais para colocar suas campanhas na rua. Mauro tem prestígio entre os servidores. Garçon é mais populista e tem grande aceitação no eleitorado das áreas mais pobres. Junto com Fátima Cleide e Miguel de Souza, são os quatro já postados para entrar na guerra pela Prefeitura. Os outros começam a se preparar. O PMDB, por exemplo, reafirmou que não abre mão de candidatura própria. E que o nome é mesmo
MISTÉRIO
Há, no ar, uma questão incompreensível. Como podem quebrar tantas empresas aéreas no Brasil, justo num dos setores que mais cresce no mercado? Pois a TAM e a GOL, com prejuízos bilionários no ano passado, tiveram que se associar a grupos estrangeiros para não falir. Uma das consequências é a decisão da TAM de cancelar voos mais longos, como dois para Porto Velho. Uma burrice, já que a capital rondoniense é a que mais cresce no país e onde o setor aeroviário deveria mais investir. Talvez por essa falta de administração e planejamento corretos é que as empresas estão quebrando.
JOGANDO A TOALHA
Seria cômico, não fosse trágico. Poucas horas depois de abrir o desvio da BR, construído com alto custo, o Dnit teve que fechar outra vez meia pista da obra recém terminada, porque apareceu nela um buraco. Não é possível que tenhamos que conviver com a incompetência eterna. Uma obra que não é tão complexa, durar menos de 12 horas, é para fazer qualquer brasileiro, que paga os impostos mais altos do mundo, jogar a toalha. Mas, infelizmente, é isso que se vê em grandes obras nesse país. Dinheiro jogado fora e tudo tendo que ser feito de novo. Lamentável.
SAINDO DO CHÃO
A semana começa com expectativa positiva, com ações de fato para o choque de ações na saúde pública do Estado, numa parceria entre o governo rondoniense e o Ministério da Saúde. Há um longo caminho a percorrer, mas uma decisão já está tomada. Todos os pacientes que estão no chão, no João Paulo II, serão removidos para hospitais particulares. O governador Confúcio Moura autorizou o aluguel de 100 leitos, a 600 reais por dia, para combater o triste cenário do maior pronto socorro do Estado. Serão investidos, só aí, 60 mil reais/dia. Ou 1,8 milhão de reais/mês. Já é um começo.
PERGUNTINHA
Embora a lei determine, não dá uma tristeza saber que é o contribuinte que está pagando os advogados dos deputados Valter Araújo e Ana da 8, denunciados na Operação Termópilas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário