Com a produção dos tomates da espécie Fascínio e T Y girando em torno de 120 mil toneladas anuais, o município de Alto Alegre dos Parecis, com 3.958 quilômetros quadrados, localizado na região da Zona da Mata, no sul do Estado, distante de Porto Velho, essa vasta produção tem mercado assegurado em Manaus, capital do Estado do Amazonas, com a comercialização de 27 toneladas por semana deste fruto tipicamente produzido em Rondônia.
Todas as semanas, três caminhões transportando, cada um, 450 caixas de frutos sadios e de boa qualidade pesando em média 20 quilos, o que equivale a 9 toneladas por veículo, embarcam no Porto do Cai N’água com destino ao Estado vizinho. O tomate produzido em Alto Alegre dos Parecis, tem um ciclo curto de 45 dias entre plantio, colheita e comercialização, propiciando três safras por ano entre os meses de abril e outubro, período de estiagem.
O tomate por se tratar de uma cultura sensível aos ventos e chuvas, em Alto Alegre dos Parecis, somente o produtor rural Almerindo Plinio Costa, cultiva dez mil pés de frutos numa pequena área, protegidos pelo sistema de estufa com irrigação. Almerindo colhe 3 mil caixas de tomates a cada 45 dias, renovando a produção e o plantio a cada 30, produzindo o ano todo.
Trabalhando no sistema de agricultura familiar, Almerindo Plinio Costa cultiva repolho, pimentão, moranga e pepino que juntamente com os tomates são comercializados em Manaus. Segundo ele, a produção em estufa e lavouras ao ar livre se apresenta como uma ótima fonte de renda. O tomate colhido ainda verde tem um curto espaço de dez dias para amadurecer e chegar à mesa do consumidor, gerando emprego e rendas no campo e nas cidades.
MERCADO GARANTIDO
Na opinião do presidente da Cooperativa Agropecuária de Alto Alegre dos Parecis (Coopealto), Marcos Dummer Schimitd que congrega 46 cooperados, nesta safra devem passar pelos galpões da instituição 39 mil toneladas de tomates encaixotados, de onde seguem para Manaus. “Isso é apenas um terço de toda a produção do município”, lembrando que muitos produtores ainda negociam direto com os compradores.
Com a produção em alta e boa aceitação no mercado do Amazonas, a Cooperalto espera comercializar em média 1.200 caixas de tomate por semana, mesmo reconhecendo que ainda impossível atender o mercado interno e externo. De acordo com Marcos Dummer Schimidt, 80% da produção dos tomates de Rondônia são comercializados com o Amazonas e apenas 20% é consumido no mercado interno.
Por meio de um convênio firmado entre a secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri) foi entregue à Cooperalto um caminhão Cargo 1717 que economiza no frete das três viagens semanais entre Alto Alegre dos Parecis e o embarque em Porto Velho. Marcos Dummer Schimitd, diz que o preço da caixa de tomates comercializada por R$ 30 nas praças de Manaus e interior de Rondônia está remunerando bem o produtor rural. Ele também se queixa da falta de infraestrutura, estufas, melhoramento genético e de novas variedades com acompanhamento técnico. Contudo, vê com bons olhos a politica do governador Confúcio Moura, que vem apoiando e incentivando os pequenos e médios produtores rurais.
Marcos Dummer Schimitd vai procurar o secretário de Agricultura e Pecuária, Anselmo de Jesus, para discutir os preços dos insumos, bem como solicitar o empenho dele na implantação de uma agroindústria em Alto Alegre dos Parecis para aproveitar os resíduos dos tomates que podem ser transformados em catchup. Segundo Marcos Dummer Schimitd, o tempero que será produzido com o tomate rondoniense já tem mercado assegurado.
LARANJA E ABÓBORA
Com clima temperado, solos férteis e chuvas bem distribuídas, Alto Alegre dos Parecis desperta na Zona da Mata como um novo pólo produtor de gêneros de primeira necessidade, principalmente de hortaliças e hortifrutigranjeiros. Um exemplo, entre tantos outros, encontra-se na propriedade rural de Antônio Prado Filho, que numa área de 6 alqueires cultiva 4 mil pés de laranja de enxerto da espécie Pera rio colhendo 7 mil caixas de 20 quilos ao ano que são comercializadas em Manaus, ao preço de R$ 15 cada caixa.Nesta safra Antônio Prado Filho, colheu 15 toneladas de abóboras e já negociou a metade com o vizinho Estado do Amazonas, prevendo comercializar o restante até o final de outubro.
Fonte: Tudo Rondônia
Meu comentário: Parabéns aos agricultores, Rondônia é uma terra abençoada, porém mal administrada.
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