O que os credos religiosos têm em comum com a política brasileira e a administração pública? A primeira vista, as igrejas, o fim do socialismo soviético e a pirataria da política corrupta brasileira nada têm em comum e são considerados, por alguns, fenômenmos "isolados" nmo tempo e no espaço. Tempo e espaço, claro, brasileiros.
Quer nos parecer que esses fenômenos têm em comum, o modus operandi neoliberal de desvio criminoso de dinheiro público, sempre lavado por empresas ou bancos particulares e públicos, e seu investimento em negóicios legais ou espúrios, fazendo com que de uma forma ou de outra e grana desviada volte para os coprruptos e corruptores na qualidade de dinheiro limpo, legalizado no sistema bancário-financeiro internacional. Aliás, alguns, por aqui mesmo, tão grande é o atrevimento acobertado pela impunidade. Ruim e, ainda mais, quando os gestores - principálmente parlamentares dos três níveis, incluindo-se senadores (aliás, principalmente eles) na maior cara-de-pau acham que tudo é natural.
Veja-se, por exemplo, o caso dos 15 salários - e não adianta quererem dar outro nome, como subsídio, jetom, ressarcimento, e o que valha - que humilham o pobre trabalhador que para ganhar apenas um salário-mínimo precisa calejar as maós, suar muito e dar o sangue para poder sustentar sua família.
E, a quantas andam as igrejas? Elas que deveriam zelar pela honestidade, através da espiritualidade, de mansinho, sub-repticiamente, esfolam a nossa cara e pastores, pregadores, missionários, e os etcéras parecem rir de nós pobres coitados?
Cadê o moral: Cadê a lhaneza? Cadê o espírito pátrio? Cadê a vergonha na cara? Essa gente toda - será gente, mesmo? - está mandando a Pátria às favas. Nem estão aí, como se diz no jargão popular.
Os esquemas de desvios do erário fazem até Deus corar de tristeza quando os brasileiros gostam de dizer que Ele, Deus, é brasileiro. Se O é, tomara que não seja rondoniense, pois que já teria baixado seu cajado sobre todas as nossas cabeças. Por amor a Deus, gente! Já passa da hora de uma guinada verdadeira que force a honestidade e os bons propósitos a imperar nesta nossa tão querida Pátria.
Fonte: Editorial/Correio de Notícias de Rondônia
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