Bandeira da Cidade de São Paulo |
São Paulo, da taipa ao concreto
São Paulo é a maior cidade do país, com área de 1525 km2 e mais de 10 milhões de habitantes.
Muita coisa mudou desde que SÃO PAULO era um pequeno amontoado de casas feitas de taipa de pilão, de onde partiam os bandeirantes rumo a Minas Gerais, em busca do ouro, e onde os jesuítas encontraram um clima fresco semelhante ao europeu e fundaram o Real Collegio.
O pequeno amontoado de casas é hoje uma metrópole de 10,4 milhões de habitantes, uma das mais populosas do mundo. O clima fresco de 451 anos atrás hoje está bem mais quente, graças ao concreto, aos automóveis e à escassa arborização.
Até a famosa garoa, que consagrou a cidade, está se tornando coisa do passado. A cidade assistiu a uma transição da chuva fraca e contínua para aquelas intensas e rápidas, que provocam as já também famosas enchentes.
São Paulo demorou para se desenvolver. Até 1876 a população local era de 30 mil habitantes. Com a expansão da economia, graças especialmente ao café, em menos de 20 anos este número pulou para 130 mil. Mesmo pequena, a cidade pensava grande.
O Viaduto do Chá foi inaugurado em 1892 e, em 1901, foi aberta a Avenida Paulista, a primeira via planejada da capital. A via, que viria a se tornar endereço dos barões do café, não tinha nenhuma casa na época, mas o engenheiro responsável pela obra, Joaquim Eugênio de Lima, profetizava que ela seria a via que conduzirá SÃO PAULO ao seu grande destino .
Outras grandes obras, como a Estação da Luz e o Theatro Municipal, comemoraram a entrada no século XX e marcaram uma nova fase na vida da cidade. SÃO PAULO se industrializava e, para atender à demanda, imigrantes de diversos países da Europa e do Japão adotaram uma nova pátria, fugindo das guerras.
Entre os anos de 1870 e 1939, 2,4 milhões de imigrantes entraram no estado de São Paulo, segundo dados do Memorial do Imigrante.
Italianos, japoneses, espanhóis, libaneses, alemães, judeus. Dezenas de nacionalidades estabeleceram comunidades em SÃO PAULO e contribuíram para que a cidade se tornasse um rico centro cultural e um exemplo de como povos com histórico de guerras e disputas podem viver em paz.
Isso sem falar dos migrantes, que ainda hoje saem de seus estados e municípios em busca da terra da prosperidade e do trabalho, onde todos vivem com pressa. Como diz a música Amanhecendo , de Billy Blanco: Todos parecem correr/ Não correm de/ Correm para/ Para SÃO PAULO crescer .
Muitos prosperam na cidade mais rica da América Latina, mas outros tantos engrossam a lista de desempregados, que oscila em torno de 17% da população economicamente ativa. Sem emprego ou em subempregos, essas pessoas entram também na estatística dos habitantes que vivem em favelas mais de 1 milhão, de acordo com dados da secretaria de Habitação. O desafio de SÃO PAULO é continuar correndo para reduzir estes números.
São Paulo é grande porque tem.
O Museu de Arte de SÃO PAULO (Masp), o mais importante museu de arte ocidental da América Latina;
O Instituto Butantan, que abriga uma das maiores coleções de serpentes do mundo, além de ser o mais moderno centro de produção de vacinas e soros da América Latina;
A SÃO PAULO Fashion Week, principal semana de moda da América Latina e uma das mais importantes do mundo;
A Universidade de SÃO PAULO (USP), terceira maior instituição da América Latina e colocada entre as cem mais conceituadas no mundo;
A Bovespa, maior centro de negociação de ações da América Latina;
A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), sexta do mundo em volume de negócios, com lances médios diários de US$1,8 bilhão;
O Hospital das Clínicas (HC), maior complexo hospitalar da América Latina;
75% dos eventos realizados no País;
Uma frota de quase 5 milhões de automóveis, o correspondente a ¼ do total do País;
12,5 mil restaurantes e 15 mil bares de dezenas de especialidades, o que lhe rendeu a fama de capital gastronômica do mundo.
Mais de 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto) do País.
Saiba um pouco mais sobre a imigração para São Paulo
Ao longo dos 451 anos de fundação da cidade de São Paulo, muitos povos chegaram a capital e assim ajudaram a formar o atual povo paulistano. As heranças desses povos podem ser vista em diversas áreas como arquitetura, culinária, e esportes, entre outras.
Atualmente, povos de mais de 70 países se unem para formar a população paulistana. Os primeiros a chegarem foram os alemães, em 1827, e se fixaram na região de Santo Amaro e Itapecerica da Serra.
No entanto, a primeira associação para incentivar a vinda de famílias européias para SÃO PAULO foi criada apenas 59 anos depois, em 1886. Os asiáticos, principalmente japoneses, começaram chegar na cidade em 1908.
A política de imigração estabelecida pelo Governo do Estado concedia passagens gratuitas para os imigrantes que viessem de terceira classe. Os navios desembarcavam no porto de Santos e os imigrantes seguiam para a capital de trem ou em lombo de animais, e se alojavam na Hospedaria dos imigrantes.
A Hospedaria, localizada no bairro do Brás (onde hoje se encontra o museu da imigração), funcionou de 1888 a 1978 e ofereceu aos recém chegados os serviços gratuitos de alimentação, cama, médicos e contatos com empregadores. Os viajantes podiam permanecer no local por no máximo oito dias, até que acertassem seus contratos de trabalho.
Com a chegada dos imigrantes, houve um aumento no desenvolvimento da cidade e diversificação dos serviços e produtos comercializados.
Na área da cultura, a música clássica foi introduzida pelos alemães e os italianos trouxeram a ópera e o canto lírico. Nas artes plásticas outros italianos, Alfredo Volpi e Victor Brecheret, contribuíram para o movimento modernista. Hoje SÃO PAULO é considerada a capital cultural da América Latina.
No comércio, os alemães e franceses importavam tecidos e eram padeiros, confeiteiros e curtidores de couro. Os alemães também eram os principais responsáveis pela produção de papel e cerveja.
Já os italianos vendiam tecidos e dominavam o comércio de ferragens, funilaria e calçados. Na indústria, eram os maiores responsáveis pelo setor alimentício e tecelagem.
Os japoneses que chegaram a SÃO PAULO no início do século XX e começaram a trabalhar como barbeiros, sapateiros, lavadeiras, diaristas, além de fazerem produtos artesanais. Se fixaram na região central, nos bairros da Liberdade e Glicério.
Os imigrantes de origem árabe, quando chegaram a São Paulo, trabalhavam como mascates. Vendiam chapéus, roupas, relógios, tecidos, jóias e outros produtos nas regiões de comércio popular, como a 25 de Março. E até hoje continuam com comércios semelhantes pela região.
Já os judeus, que vendiam roupas e tecidos de alta qualidade, fixaram suas residências na região de Higienópolis, onde residiam os principais consumidores de seus produtos, os barões do café. Hoje, o bairro ainda tem alta concentração de judeus e descendentes.
Na área esportiva, alguns dos principais clubes da cidade foram fundados por imigrantes árabes, como os libaneses (que fundaram o Monte Líbano e o Clube Homs) e os sírios, (que criaram o Esporte Clube Sírio).
O Palestra Itália (atual Sociedade Esportiva Palmeiras), o Espéria e o Juventus, foram fundados por italianos, o Pinheiros foi fundado por alemães. Os portugueses montaram a Associação Portuguesa de Desportos e os judeus criaram A Hebraica e o Círculo Macabi.
Na culinária, muitos ingredientes corriqueiros da culinária paulista tiveram origem árabe, como o arroz, laranja e berinjela, entre outros, todos eles trazidos na bagagem dos colonizadores portugueses e espanhóis. Outras comidas, como as massas e pizzas vieram da Itália e se tornaram especialidade na mesa dos paulistanos. Devido às influências de várias culinárias, a cidade de SÃO PAULO é considerada uma das capitais gastronômicas do mundo.
Hoje, SÃO PAULO se tornou exemplo de hospitalidade para outras cidades brasileiras e de outras partes do mundo. Em poucos lugares todas as religiões e todos os povos podem conviver harmoniosamente.
Diferentes culturas, hábitos, religiões e tradições foram trazidos com os primeiros imigrantes e se incorporaram na vida do povo paulistano. Agora já podem ser consideradas tradições paulistanas.
Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br
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