A SAÚDE PÚBLICA PRECISA, URGENTE,
DE UM TRATAMENTO DE CHOQUE
Entre os graves problemas da saúde pública, a maioria é superável. Dos piores há a centralização federal e a política do governo central, que anuncia liberação de bilhões de reais em recursos, mas nunca os vê chegar lá na ponta, ao doente, aos necessitados. O outro é o emaranhado burocrático, que trata a saúde como se ela não fosse, ao lado da insegurança pública, um dos dois maiores problemas nacionais. Pelo caminho, há ainda outros entraves assustadores, como a corrupção. Boa parte dos imensos recursos liberados vai para bolsos dos ladrões, que raramente são pegos e, quando o são, jamais devolvem o que roubam. Tem mais. Tem a exploração política da triste situação da saúde. Isso vale para qualquer região do Brasil e, é claro, não é diferente em Rondônia. Quem não está no poder, usa a tragédia em benefício próprio, seja quem for. E isso não é de agora. Vem de longos anos. Quando trocam os governantes, a prática continua a mesma. Há disputa de beleza, há a intenção político-partidária, há discursos e brigas e, no final, o que se vê é o resultado prático à população, muito perto do zero.
No caso do Hospital João Paulo II, há tudo isso reunido e mais: muitas prefeituras investem pesado em ambulâncias, não em saúde. E mandam seus doentes para o superlotado JP. Lá, se forma um depósito humano de doentes, amontoados, jogados no chão. Os casos muito graves não são tantos, mas para o João Paulo são levadas pessoas que poderiam ser atendidas até em postos de saúde. Está na hora das autoridades deixarem de lado vaidades e outros interesses e sentarem na mesma mesa, para dar um basta à situação. Governo, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, lideranças médicas, Ministério Público, Judiciário, enfim, todas as forças vivas da comunidade precisam se unir e agir. Ou então decretar calamidade pública. Não se pode continuar tratando tão mal a saúde. No Brasil e em Rondônia.
40 MILHÕES
Até o final deste ano, as 12 turbinas da hidrelétrica de Santo Antônio estarão funcionando a todo o vapor. Vai gerar, então, energia para abastecer mais de 40 milhões de pessoas em todo o Brasil. Nove meses antes do previsto, no fim do mês passado, Santo Antônio começou a produzir energia em escala comercial. Bilhões de reais foram investidos, milhares de empregos gerados, mudou a infraestrutura de Rondônia e de toda a região. E ainda tem gente que acha ruim...
AUTOFAGIA
O PT da Capital trava batalha interna duríssima. É o grupo da Fátima Cleide contra o grupo de Roberto Sobrinho, representado por Claudio Carvalho. É negócio de doido. O partido está rachadíssimo e vai assim para a disputa de outubro. Se não houver mudança inesperada, Cláudio deve ganhar a indicação. A turma da ex-senadora Fátima Cleide vai querer abrir guerra. Será uma luta autofágica como poucas vezes se viu dentro de um partido político, em Rondônia.
TOQUE DE SILÊNCIO
A cinco dias do aniversário tenebroso dos oito anos do massacre de 29 garimpeiros na Reserva Roosevelt, nenhuma autoridade ainda sequer se pronunciou sobre o caso. Ele está nas mãos do procurador do Ministério Público Federal de Ji-Paraná, que, procurado há vários dias por jornalistas, não tem tido tempo para receber a imprensa e falar no assunto. Mas não é só ele. Em todos os níveis (bancada federal, governo, comissões de direitos humanos, Assembleia), não se ouve uma só palavra sobre o assunto.
BASTIDORES
Foram o hoje diretor do Deosp, Abelardo Castro Neto e o presidente municipal do PMDB, Dirceu Fernandes, que fizeram o convite para o médico José Augusto ser o nome do partido na disputa pela Prefeitura da Capital. Dentro do diretório porto velhense havia divisão. Os nomes mais antigos queriam que o próprio Abelardo fosse o candidato. O comando regional – principalmente Valdir Raupp e a deputada Marinha Raupp – acreditavam mais em David Chiquilito. Abelardo então abriu mão da disputa e ajudou a buscar um nome de consenso.
SAIU POR CIMA
Único representante do PMDB no primeiro escalão do governo Confúcio Moura, Abelardo ouviu também conselhos de experientes políticos do seu partido. Caso o PMDB se dividisse de novo e, se lá na frente, não conquistasse a Prefeitura, poderia igualmente ficar fora do poder, na atual administração. A decisão de abrir mão, de parte de Abelardo, foi também uma forma de deixar claro aos seus companheiros que seus planos são partidários e não pessoais. Nessa história, ele saiu por cima.
QUAL A EXPLICAÇÃO?
Com 50 mil eleitores a menos, porque tiveram seus títulos cancelados, Porto Velho terá aptos a votar, em outubro, apenas 230.300 pessoas. Em 2010, a Capital tinha quase 277 mil eleitores. A queda foi significativa: quase 17%. O que será que aconteceu? Certamente houve muitos casos de mudança de cidade, mortes, idosos que não querem mais votar. Mas e o resto? Qual a explicação para uma queda tão significativa de eleitores em menos de dois anos? Quantos títulos eram irregulares em recentes eleições passadas? São perguntas que não se pode deixar de fazer.
PERGUNTINHA
Será que o antes defensor intransigente da luta contra a corrupção, o senador Demóstenes Torres, finalmente vai contar hoje tudo o que sabe sobre a parceria que tem com bandidos?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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