EM EXCESSO - O cloreto de sódio, como é conhecido, pode causar problemas cardiovasculares, insuficiência renal e até Acidentes Vascular Cerebral
O sal é o tempero que não pode faltar no prato do brasileiro, mas boa parte da população ingere mais do que o suficiente e recomendado nas suas refeições diárias. A preocupação com essa prática e suas consequências para a saúde viabilizou o surgimento de iniciativas com a ideia de estimular o brasileiro a ingerir menos sal. Uma delas, entre o Ministério da Saúde (MS) e a indústria de alimentos, é um acordo firmado visando reduzir o teor de sódio em 16 categorias de alimentos processados, como massas instantâneas, pães e bisnagas. Com isso, as embalagens devem trazer as informações nutricionais de forma clara, destacando que o consumo em excesso pode trazer males à saúde de quem os consumir.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em pesquisa realizada em 2011, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sal todos os dias. O valor é mais que o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de menos 5 gramas por dia. Boa parte do consumo de sal no país de acordo com o MS, está associado ao uso de temperos prontos em residências e restaurantes.
Ainda segundo a OMS o sal pode causar problemas cardiovasculares, insuficiência renal e até um Acidente Vascular Cerebral. O aumento da pressão arterial é o principal fator de risco de morte no mundo e o segundo por doença cardíacas e insuficiência renal. No Brasil, cerca de 30 milhões de pessoas tem hipertensão.
A nutricionista Andressa Pacheco, defende que a pessoa deve consumir a medida recomendada de sal que são 5 gramas por dia. "É um alerta importante a esse excesso de consumo. Quanto mais salgado é um alimento, mais sódio ele vai conter. Mas essas quantidades muitas vezes não são perceptíveis ao paladar", argumenta.
Para não errar na alimentação a dica é: "Não tente tirar o sal de vez dos pratos ou reduzir de maneira drástica para não desanimar com o processo. O ideal é ir acostumando o paladar a receitas menos salgadas. A melhor forma de diminuir esse consumo é usar ervas, tanto frescas como secas, no lugar do sal. Faça uso abundante como pimenta, cebola, alho e outros que possam dar sabor aos pratos. Procure substituir produtos industrializados por ingredientes naturais", completa a nutricionista.
O lado bom - As doenças acima citadas não significam que sal e sódio devam ser eliminados da dienta. A suia ausência também tem consequências ruins. Quando há uma queda rápida dos níveis de sódio (hiponatremia), os principais sintomas são: diminuição da pressão, confusão mental, letargia, anorexia, convulsões, coma, náuseas, vômitos, câimbras, fraqueza. Ainda, o sal de cozinha é a principal fonte de iodo. A deficiência dessa substância no corpo pode causar deficiência mental e abortos espontâneos. Na medida certa o sal tem seu lado bom.
Fonte: Luana Portela/ Jornal Correio de Notícias
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