O mundo passa hoje por um momento histórico e social que tem exigido das pessoas constantes transformações e novos (re)ajuste. Nunca a tecnologia e condições de vida estiveram tão avançadas como agora, e a medicina, com todo seu aparato, cada vez mais permite soluções e melhorias nas questões da saúde e sobrevivência. A psicanalista com especialidade em gerontologia, Dorli Kamkhagi, explica que estas transformações afetam , principalmente , os homens. "Hoje seus papéis, que foram se transformando, adquiririam novas funções e, sobretudo, depararam-se com sua essência, seus desejos e suas impossibilidades, nem sempre tão fáceis de serem digeridas", comenta. Nos últimos 20 anos, percebe-se a diferença entre os modelos masculinos da sociedade passado e da atual. "Antes os homens eram modelos conservadores nos quais as expectativas familiares deveriam ser incontestavelmente atendidas. Além de seguir uma importante carreira e ser um bom provedor em todos os âmbitos, financeiros e sexuais, e tentar ser feliz sem 'tocar' muito nos aspectos emocionais", explica Dorli.
Novos dilemas
O homem de hoje, pós-contemporâneo, também vive uma série de conflitos junto à 'nova mulher' que já conquistou espaços muito significativos nos patamares mais altos da sociedade. "Tal encontro: homem-mulher, masculino-feminino, é carregado de expectativas e medos, por exemplo, como o de não ser reconhecido, aceito e acima de tudo amado. Cada vez mais assistimos aos difíceis contros amorosos nos quais os homens parecem preparar-se como fariam para ir a um campo de batalha". Outro grande conflito enfrentado é gerado pela mídia, que exige o alcance da perfeição física e estética e da saúde a qualquer custo. "Vira uma espécie de jogo no qual a energia despendida é enorme. Ele tem que ser forte, musculoso, bem remunerado e dar conta sexualmente da 'nova mulher': linda, eficaz, independente e bem remunerada" ressalta.
Fonte: A Gazeta de Rondônia
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