domingo, 24 de março de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA


O DIREITO DE NASCER, VERSÃO AMPLIADA EM RONDÔNIA
Vai, volta, vem de novo: a novela da transposição dos servidores do ex-Território Federal já teve mais capítulos do que O Direito de Nascer, que durou uns dois anos, lá nos primórdios da TV brasileira. Só que a transposição durou duas décadas e, somente agora, depois de tantos mocinhos e vilões; de sofredores, heróis e heroínas pode ter um final senão feliz, ao menos perto disso. O que já está definido, se não mudar tudo de novo na trama dantesca, é que perto de 12 mil servidores - funcionários do Estado, dos poderes e de sete Prefeituras -  vão começar a receber seus direitos como federais a partir de janeiro de 2014. Em alguns casos, destacando-se um dos aspectos mais importantes, os salários vão até dobrar. Um delegado de polícia em final de carreira, por exemplo, receberá mais de 22 mil reais. Um coronel da PM terá o salário equiparado a um do Distrito Federal, com mais de 25 mil reais. Claro que na maioria dos casos os números não serão esses, mas em 100% dos casos, para quem optar pela transposição, o servidor receberá aumento salarial.

O primeiro passo vai beneficiar os contratados até 1987. Agora, a Comissão Intersindical que trata do assunto, aliada a advogados e à bancada federal, quer ir mais longe. Tão logo se concretize a transposição do primeiro grupo, já autorizado, será aberto o caminho para ampliar o benefício para os servidores que estavam no serviço público até 1991. Pode levar muito tempo ainda, mas há sim chances concretas de que esse objetivo seja alcançado. Afora isso, há outras questões que ainda precisam ser esclarecidas e resolvidas. A mais importante delas, talvez: como o Estado substituirá, numa tacada só, milhares de servidores que, tão logo sejam transpostos, vão se aposentar? Enfim, a novela ainda tem alguns capítulos extras...
 
PROBLEMAS FEMININOS
A procuradora geral do Estado, Maria Rejane Sampaio, é o novo alvo dos deputados. Na Assembleia, uma denúncia de que ela teria cometido um erro grosseiro, que teria causado um prejuízo de mais de 44 milhões aos cofres público, explodiu como uma bomba. O presidente Hermínio Coelho fez a denúncia e os parlamentares querem a cabeça de Maria Rejane numa bandeja. O governador Confúcio Moura está com dois problemas femininos na sua vida. O outro envolve a secretária da Seduc, Isabel Luz, também está sob fogo cruzado no parlamento. A dupla sobreviverá à pressão?

SOBREVIDA
Os dois casos são complicados. No final de semana, o que se ouvia nos bastidores é que a Procuradora Geral não sobreviveria no cargo até o meio desta semana que começa. A  pressão é imensa, a insatisfação externa e até intrapalaciana teria chegado ao limite e, ao que parece, dona Maria Rejane está com seu tempo contado na função. Já a secretária de Educação vai à Assembleia nesta terça, convocada para dar explicações. Pode até sair de lá fortalecida, mas não é o que se desenha. Ou seja, os dois casos podem ser resolvidos nos próximos dias. De um jeito ou de outro.

EXTINÇÃO?
Há quem ache que é uma grande conquista e, teoricamente, têm razão. Mas a prática aponta para o contrário. A nova lei que rege a contratação das empregadas domésticas, pode significar o fim da atividade para milhares de mulheres. Ao colocar a profissão com todos os benefícios e direitos dos demais trabalhadores – o que é justo e democrático – a lei, contudo, ignorou que milhões de famílias não terão mais como bancar seus funcionários de casa. A tendência é que a profissão seja extinta em pouco tempo.

FALTA GENTE
Há que se elogiar o esforço da Polícia Federal em atender a enorme área de Rondônia, com suas fronteiras abertas ao tráfico de drogas e armas, mas com um efetivo cada vez mais reduzido. Não há informações oficiais, até porque tais questões nunca são tratadas publicamente, mas pode-se dizer, com segurança, que o efetivo da PF no Estado - e aí se incluem áreas do Amazonas e parte de Mato Grosso, sob jurisdição dos rondonienses - caiu pelo menos 30% nos últimos quatro anos. Desse jeito, fica difícil combater a criminalidade crescente.

MEIA DÚZIA
É uma pena que a meia dúzia de barulhentos que esculhambam sessões da Câmara e do Senado; que se reúne no meio da rua com faixas e cartazes; que faz passeata em defesa da maconha, não tenha o mesmo espírito de mobilização para defender, por exemplo, a sociedade dos criminosos e das autoridades que os protegem, Se o fizessem, com o mesmo barulho, certamente ajudariam muito o país. Pena que a meia dúzia - e literalmente não é mais que isso - só faz baderna quando o tema lhe interesse ideologicamente. No mais, o grupelho é totalmente incompetente e insensível aos dramas nacionais.

COCHICHOS
O assunto, é claro, não é comentado abertamente. Mas há quem queira, entre nomes importantes do PMDB, a indicação de um vice de Confúcio que não seja do PDT. E há quem queira, no PDT, que o candidato ao governo seja Acir Gurgacz e não que o partido mantenha Airton Gurgacz como o vice de Confúcio. Por enquanto, essas duas correntes ainda são minoria e, se a decisão fosse hoje, não mudariam o quadro atual. O problema é que o martelo só será batido mesmo em meados do ano que vem. Até lá, muita água vai passar sob a ponte. Aguardemos, então, para ver se o que se ouve nos bastidores, ainda como cochichos, é apenas conversa mole ou não...

PERGUNTINHA
A antecipação da campanha eleitoral para a Presidência e Governos estaduais trará alguma vantagem concreta para a maioria da população ou só mais problemas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
 

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