terça-feira, 26 de março de 2013

MULHER - EFEITOS IMPLÍCITOS - Uso de anticoncepcionais pode causar disfunção sexual

  A indicação do ginecologista pode ser a solução para o problema - As combinações hormonais existentes na pílula anticoncepcionais podem causar reações que vão muito além do simples impedimento da gravidez. O que muitas mulheres não percebem é que na lista dos possíveis efeitos colaterais, contidos na bula, como enjoo, enxaquecas e inchaço, está um que na maioria das vezes não recebe uma atenção especial: A redução do libido sexual feminina.

Os médicos costumam abordar o problema apenas quando são questionados a respeito do assunto. Segundo o ginecologista de Vilhena, Ângelo Keppe, acredita-se que no Brasil uma em cada três mulheres apresentam algum grau de disfunção sexual. "O desejo sofre influências negativas em casos de disfunções hormonais com diminuição de esteroides como na menopausa , andropausa, falência ovarianas, disfunções de origem central. Variáveis psicossociais também interferem no desejo sexual como a atitude do parceiro, expectativa referente à relação sexual e tabus", relatou.

Para Keppe, os esteroides sexuais, tanto o estrogênio como, principalmente, a testosterona, possuem participação direta sobre a resposta sexual. "Em alguns anticoncepcionais combinados, o componente progestogênica pode exercer um efeito negativo sobre a ação da testosterona. No entanto, há poucos formulações no mercado com esta composição, que são usadas em casos específicos, devidamente prescritas pelo ginecologista, não justificando o receio da interferência dos anticoncepcionais na libido", informou.

A esteticista Carla* relatou ter sentido alterações no desejo sexual com a utilização de algumas pílulas anticoncepcionais. "Já mudei o medicamento várias vezes. Uma vez perguntei á minha ginecologista se a pílula poderia estar interferindo nesta questão e tive uma resposta negativa. Mais tarde mudei de médico, que ao ser questionado, informou que entre outros fatores, a pílula poderia sim ter uma ligação com a diminuição do meu desejo sexual. Trocamos o medicamento e tudo voltou ao normal", disse.

Atualmente há no mercado uma grande variedade de anticoncepcionais, como pílulas orais, injetáveis, mensal e trimestral, adesivos, implantes subdérmicos, anel vaginal, DIU (dispositivo intrauterino) com progesterona entre outros. Então, se o moito da falta de desejo for atribuído apenas ao uso da pílula anticoncepcional, uma boa conversa com seu médico e o uso do medicamento adequado para o seu organismo pode ser a solução.
*O nome foi alterado para preservar a identidade da entrevistada.
Fonte: Alice Feres - Jornal Correio e Notíciais


BOAS NOTÍCIAS: Um estudo realizado pelo ginecologista Rodolfo Strufaldii, professor da Faculdade de Medicina do ABC, revelou que, da mesma forma que algumas pílulas podem diminuir a libido, outras podem aumentar a vontade de fazer sexo. De acordo com Strufaldi, uma "boa" progesterona tem a capacidade de melhorar o nível da testosterona na mulher. Para provar, ele desenvolveu um estudo com 98 mulhers que usaram pílula por seis meses. Elas tomaram fórmulas diferentes e apresentaram melhora  de 5% a 7,5% no desejo sexual. A satisfação sexual melhorou cerca de 6% para os grupos analisados. Strufaldi alerta, porém, que não há uma  pílula universal. "A progesterona é seletiva. Há um tipo melhor para a pele, outro para a mama. Não há um perfeita", disse. Pelo mesmo motivo, certas fórmulas funcionam bem no organismo de algumas mulheres e mal no de outras.
Fonte: uol.com.br

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