Quanto custa o Brasil para você

A campanha "Quando custa o Brasil para  você?", iniciada essa semana pelo Conselho Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), é uma oportunidade do consumidor refletir sobre o peso da carga tributária que é praticada atualmente no Brasil.

Amanhã (21) está programada uma mobilização no Congresso Nacional , em Brasília, ocasião em que será comemorado o Dia Nacional da Justiça Fiscal. O local é um bom espaço para  à Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara aproveitar a oportunidade é trazer para a mesa de discussão um projeto que reduza o valor da carga tributária no Brasil.

O atual sistema tributário penaliza o consumo e compromete a competitividade no país. As discussões no encontro de amanhã devem irar em torno do desequilíbrio fiscal causando por grandes sonegadores, que continuam a lucrar milhões enquanto a maioria dos cidadãos precisa trabalhar mais de quatro meses por ano somente para pagar impostos. Alguém precisa defende que a reforma tributária precisa acontecer associada ao combate à sonegação.

Matéria publicada ontem pela Agência Brasil , e reproduzida pelo Diário, revela que toda vez que um brasileiro compra um xampu, 44,2% do preço é direcionado para os cofres públicos. Quem ganha até dois salários mínimos paga 50% em tributos. Já quem recebe mais de dez, de acordo com o Simprofaz, paga somente 26%. Os dados reforçam a tese de que a população mais pobre proporcionalmente paga mais impostos.

A carga tributária brasileira é equivalente à dos países ricos, mas os serviços prestados à população são precários. Em 2009 os tributos atingiram 34% do Produto Interno Bruto (PIB), marca pouco inferior à média de 35%, observada nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cujos membros são as nações mais ricas do mundo. Em 2011, a Câmara chegou a discutir sobre o tema, mas depois o assunto caiu no esquecimento. É um bom momento para a matéria ser retomada.

Fonte: Editorial - Jornal Diário da Amazônia