QUE HERANÇA CHÁVEZ DEIXOU PARA SEU POVO?
Qual a herança que Hugo Chávez, que teve seu caixão acompanhado por uma multidão poucas vezes vista em qualquer país, deixará para a Venezuela? A pergunta é simples, mas há múltiplas respostas, todas complexas. Caudilho, populista, líder amado pelos pobres e miseráveis e odiado pela classe média e os ricos, Hugo Chávez criou o chavismo e a República Bolivariana. Ambas correm o risco de sumirem da história junto com seu líder. É que a Venezuela registra, por exemplo, a terceira maior inflação do mundo: 27,2%, que não cai há seis anos. É também um país muito violento, com a taxa de 48 assassinatos por cada 100 mil habitantes, o dobro da média latino americana. Chávez impôs sua ideologia, controlou as Forças Armadas, o Congresso e o Judiciário e foi tirando os inimigos do caminho. Adorado pela imensa maioria pobre, por ter criado uma série de programas de ajuda a todo esse povo, ganhou todas as eleições e ganharia todas, por décadas, se vivesse mais. O maior problema é que tanta ajuda aos mais necessitados, sem arrecadação e sem contrapartida, tiveram um alto custo. A Venezuela hoje só tem petróleo em abundância. Não produz nada, não planta nada. Importa quase tudo, até água mineral. E falta de tudo um pouco.
Quando Chávez chegou ao poder, mais da metade dos 28 milhões de venezuelanos viviam abaixo da linha da pobreza. Hoje, são menos de 30%. Os ricos, os empresários, os produtores, os que geram emprego, não tiveram vez no seu governo. Respaldado pelas urnas, ele fez o que quis, para o bem e para o mal. Agora, deixa o país sem rumo. E corre o risco de entrar para a história, apenas como mais um arremedo de ditador da América Latina, na visão dos seus inimigos americanos. O futuro dirá se Chávez deixa uma herança positiva ou maldita para seu povo.
QUASE 2 BILHÕES
Ivo Cassol lutou durante todos os seus dois mandatos, combatendo a vergonhosa dívida do Beron. Agora no Senado, voltou a atacar o Banco Central, segundo ele, o verdadeiro responsável pela enorme dívida que os rondonienses estão pagando há quase 15 anos. Já se pagou quase 2 bilhões de reais. A dívida original era de menos de 50 milhões e os homens do Banco Central a aumentaram para meio bilhão. Está na hora de acabar com esse absurdo. O governador Confúcio Moura também lidera essa luta. É uma das poucas coisas em que os dois concordam...
SEGURANÇA IDEOLÓGICA
O deputado Lebrão, que não é afeito a discursos e protestos, saiu do seu estilo para bater firme, colocado, naqueles que tratam a segurança pública com ideologia. Discursou essa semana na Assembleia. A primeira parte do seu pronunciamento: “Quando foi morto o Adelino Ramos, o líder sem-terra conhecido como Dinho, estiveram na Ponta do Abunã a Força Nacional, a Polícia Federal e a Polícia Militar. Foram presos diversos empresários madeireiros e depois foi provado que todos eram inocentes”. Foi o que realmente aconteceu.
MESMO APARATO
Depois, Lebrão cobrou: “gostaria de ver o mesmo aparato, o envolvimento de tanta polícia, para localizar o assassino da jovem Vanessa”, referindo-se a menina de 13 anos, que foi barbaramente assassinada, esta semana, em Vista Alegre do Abunã.. Mais que justa a comparação. Dinho era conhecido como invasor de terras e envolvido em dezenas de rolos policiais e judiciais. Já para a investigação do caso de Vanessa e outros semelhantes, como o da jovem Naiara Carine, morta há quase 40 dias, não há qualquer reforço policial para investigar, descobrir os culpados e prendê-los. Grande Lebrão! Fala pouco, mas disse tudo.
LIBERDADE E REFORMA
No programa de PMDB, há temas que o partido não negocia, segundo o senador Valdir Raupp, que, na prática, é quem dirige o partido, enquanto o eleito Michel Temer cumpre suas missões como vice-presidente da República. Para Raupp, seu partido “fará a defesa intransigente da liberdade de imprensa”. Outra questão a ser tratada é a reforma política, que seria prioridade absoluta para a sigla. Como o maior partido do país, o PMDB pode manter essas metas e muitas outras. Basta ter um pouco de autonomia, que não tem, hoje.
CALAMIDADE
Calamidade pública. É a síntese da situação de total abandono dos moradores de assentamentos em Porto Velho, principalmente o Joana D´Arc (nas três etapas) e a Agrovila Franciscana. Sem estradas, saúde, escolas e energia, dezenas e dezenas de famílias estão abandonadas à própria sorte. O assunto já foi tema desta coluna. Nesta semana, líderes dos assentamentos foram ao prefeito Mauro Nazif, pedir socorro. Ele prometeu fazer o que for puder. Porque se depender do governo federal, que os assentou, os colonos estão ferrados.
PISOU NA BOLA
O pastor Marcos Feliciano, eleito para presidir Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, bateu de frente com os gays, negros e religiões africanas. Está ferrado. Embora tenha algumas idéias positivas, como fazer com quem comete crimes seja preso por longo tempo e se falar também em direitos humanos das vítimas, ao contrário do que querem os apaixonados pelos criminosos, Feliciano pisou na bola. Racismo e homofobia não podem ser aceitos pela maioria dos brasileiros.
PERGUNTINHA
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