quinta-feira, 14 de março de 2013

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Os jovens sofrem violência

A Campanha da Fraternidade deste ano quer também suscitar em nós reflexão e ações acerca da violência que atinge os jovens e tolhe a vida de muitos deles. Primeiro, precisamos compreender que os jovens são vítimas, desassistidos que são pelas deficientes políticas públicas voltadas a esse segmento da sociedade. Segundo dados do "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", os assassinatos de adolescentes e crianças no país, entre 1980 e 2010, aumentaram 376%, ao passo que, no mesmo período, os homicídios como um todo cresceram 259%.

Em 1980, os homicídios de jovens representavam pouco mais de 11% do total de casos de morte por assassinato. Já em 2010, subiram para 43%. Esses dados merecem o seguinte comentário: "O aumento vertiginoso do assassinato de jovens no Brasil é apenas um reflexo do que considero nossa maior bomba social: o abandono da juventude. É um tema que, apesar de todos os avanços, ainda não está na agenda do brasileiro" (G. Dimenstein).

Precisamos avançar nas políticas públicas voltadas para os jovens, especialmente nas ligadas à escolaridade, para desobstruir o grande gargalo que temos no ensino básico e médio. As conferências  de juventude  recomendam políticas públicas de juventude relacionadas ao trabalho, cultura, educação, esporte, lazer, meio ambiente, vida segura, saúde e outras demandas. Faz-se necessário que toda a sociedade exija tais políticas e coopere com os poderes públicos para responder a essa demanda dos jovens. É igualmente necessário orientar os jovens no desenvolvimento de sua consciência crítica para o exercício da cidadania e estimular o seu protagonismo nos processos públicos para a concretização de seus direitos.
Fonte: Pe. Luiz Carlos Dias - Secretário-executivo da CF / O Domingo

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