NOSSAS RODOVIAS SÃO TRATADAS COMO DE TERCEIRA CATEGORIA
O Dnit está anunciando, outra vez – será a nonagésima, centésima ou tricentésima vigésima quinta vez? – que vai concluir as obras dos viadutos de Porto Velho e a ponte sobre o rio Madeira, no distrito de Abunã. Os anúncios já não são levados a sério, porque o que se vê é uma paralisação total, ora por um motivo; ora por outro. A verdade é que Rondônia está relegada a um segundo plano, mesmo sendo um dos únicos estados que está tendo um desenvolvimento muito acima da média nacional e um dos três únicos a sobreviver no azul, pagando seus compromissos em dia. Um porto velhense que andou mais de 4.300 quilômetros pelo Brasil, do sul ao norte, ficou impressionado, por exemplo, com a qualidade da maioria das estradas federais. Muitas delas, privatizadas, com postos de pedágio e cobrando entre 3,10 reais e 5,10 reais, estão em excelente condições. Duplicadas, com toda a segurança, estrutura de Primeiro Mundo e apoio aos motoristas. Nas rodovias sem pedágio, as condições não são iguais, mas mesmo assim melhores, em tudo, do que a BR 364, dentro do Estado de Rondônia. Até a BR 070, que atravessa o Mato Grosso, é muito melhor do que a nossa única rodovia federal, que nos liga ao resto do país.
Ao entrar no Estado, o trecho de Vilhena até cerca de 15 quilômetros antes de Pimenta Bueno, a 364 ainda é de qualidade razoável. Mas a partir daí... O que se vê em vários trechos, ao invés de ações do Dnit, são placas quase cômicas, alertando aos motoristas: “atenção, trecho com muitos buracos!”. Ou “Atenção, desnível na pista!”. Ou ainda: “Perigo, 12 quilômetros de rodovia em péssimas condições!”. Ora, as placas são colocadas pelo Dnit. O mesmo órgão que deveria fechar os buracos, que deveria colocar a BR 364 em melhores condições e acabar com os desníveis da pista. Não é de lamentar?
BATENDO NA MESA - Está na hora do governador Confúcio Moura, junto com bancada federal, darem um soco na mesa. Rondônia é destaque nacional em muitas coisas, mas quando se trata do tratamento federal, na questão de obras em rodovias, somos tratados como uma unidade de terceira categoria pela União. A questão dos viadutos já se tornou ridícula. A anunciada ponte de Abunã parou quando tudo estava andando bem. A iluminação sobre a ponte do rio Madeira, em Porto Velho, sequer está no orçamento do Ministério dos Transportes. Não está na hora das nossas autoridades exigirem o que merecemos? Até quando?
A PM E A VIOLÊNCIA - Duas ocorrências envolvendo policiais militares mexeram com a opinião pública, nos últimos dias. O primeiro caso, é de acusação de violência da PM contra um advogado. As versões são diferentes, claro. A PM diz que o advogado tentou agredir dois policiais, um deles uma mulher. A reação deles e de colegas que chegaram foi violenta, deixando o advogado desfigurado. A OAB protestou com veemência. Já no interior,um PM foi morto covardemente, numa briga durante uma festa, em Campo Novo de Rondônia. Um grupo teria atacado o policial e seus amigos, roubado a arma do PM e com ela atirado na cabeça dele. Nesse caso, nem a OAB e ninguém mais protestou.
VERGONHA NACIONAL - Se já não estourou, vai estourar em breve um dos maiores escândalos do corporativismo sindical da história de Rondônia. Coisa de se transformar em notícia nacional imediatamente e mostrar a verdadeira face do sindicalismo podre que ainda é praticado no país. Um áudio de importante liderança de um grupo de servidores, quando chegar ao conhecimento do público, sem dúvida alguma vai mostrar a vergonhosa e até criminosa ação de dirigentes que estão se lixando para a população e apenas pensando nos seus próprios interesses. Quando o Ministério Público e o Judiciário caírem em cima do assunto, vai sobrar cadeia para todos os lados....
O SALÁRIO DOS OUTROS... - Algumas Câmaras de Vereadores começam a tratar dos salários dos membros do Poder, mas só a partir da próxima Legislatura. Os edis que assumirão o ano que vem, em Guajará Mirim, por exemplo, vão ter uma redução sw 12 por cento no salário de 5.200 reais. O prefeito, que recebe 12.800 por mês, passará a ter a ter 9 mil. Já o vice que, ganha 8.200, receberá 6 mil. As judanças foram aprovadas por unanimidade. O problema é que a decisão é para o futuro. Os vereadores de Guajará e outras cidades que estão mudando para menos os salários, teriam que cortar também os valores indiretos e, para ser realmente uma medida respeitada, deveriam fazê-lo a partir de agora e não para o futuro. Mas, é melhor alguma coisa do que nada...
ESTADO DE LETARGIA - A eleição municipal em Porto Velho ainda está em estado de letargia. Mariana Carvalho, que pode ser o fiel da balança, uma hora diz que será candidata; na outra já não será mais. O PSDB está perdido. Tem como opção o ex promotor Idon Chaves, que colocou seu nome a disposição do partido. O PMDB está com Williames Pimnetel em plena pré campanha. Seu nome na disputa é irreversível. O que significa, aliás, que o partido do governador vai cair fora do palanque de Mauro Nazif, que vai a reeleição. Lindomar Garçon também é candidatíssimo, enquanto Ribamar Araújo fortalaece seu nome cada vez mais, assim como Léo Moraes. Terá muito mais gente concorrendo, mas, até agora, a campanha está fria...
PERGUNTINHA - Até quando vamos ter que aguentar essa encenação de que a ex presidente Dilma Rousseff tem ainda alguma chance de voltar a governar o país?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho.RO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário