Não é fácil para teóricos do caos, para os que passaram semanas inventando historietas fantásticas sobre a influência das usinas do Madeira na megaenchente, ter que manter tudo o que foi dito, escrito, vociferado. É complicado. Fica difícil ter que recolher os flaps, disfarçadamente, depois de espalhar tanta bobagem (a grande maioria pelas redes sociais) e fazer de conta que não ouviu o pito público da Presidente da República, informando coisas simples. Como a que, utilizando informações ginasianas sobre Física, ensinada nos primeiros anos escolares, ela explicou que as águas de um rio nunca sobem, mas sempre descem para os oceanos. E que, por isso, as usinas não influenciam nada na assustadora cheia que nos atinge. E muito menos sobre a destruição de parte da Bolívia, cujos rios, eles sim, têm grande parte da culpa do que está nos acontecendo. Dilma Rousseff veio, tomou decisões, acatou a calamidade pública; mandou liberar dinheiro do FGTS aos atingidos; determinou que os advogados da União recorressem da decisão inacreditável da Justiça, de não permitir a abertura de uma estrada, que pode tirar milhares de pessoas do isolamento.
Dilma não precisava ter vindo. Veio para demonstrar sua preocupação com nossa terra, quase sempre esquecida, nesta fronteira do Brasil. Veio nos dar um afago, como disse o sempre competente Léo Ladeia. Veio, viu, decidiu, falou as coisas com clareza. Fez seu papel da melhor forma que podia. Pode-se não gostar de Dona Dilma e do seu governo e isso é democrático e normal. Mas seria uma tremenda injustiça não reconhecer o que ela fez por Rondônia, nesse momento tão difícil. Goste-se ou não do PT, de Dilma e seu governo, só os fanáticos, cegos por suas ideologias e interesses pessoais, não considerarão como positiva a visita Presidencial.
GUERRA À POLÍCIA - No Rio de Janeiro e outros estados, onde a ideologia suicida criou leis para dar garantia de vida aos bandidos, os policiais andam virando alvo. No Rio, cinco PMs foram assassinados numa semana. Num confronto com bandidos, mais um policial foi morto com um tiro na cabeça, aqui mesmo, em Candeias do Jamari. A guerra civil proposta pela horrorosa e horripilante legislação brasileira está em curso. Os bandidos decidem pela pena de morte. Os policiais e os pobres brasileiros de bem, são os alvos. No final, total e absoluta impunidade!
SOBE E DESCE - Entre esta terça e a quinta, dia 20, se as previsões não forem contestadas pela realidade da natureza, finalmente o rio Madeira deve começar a baixar, lentamente. Voltará ao leito normalmente provavelmente só lá pela segunda semana de abril. Chegou a subir até 19 metros e 12 centímetros, depois recuou um pouco, num sobe e desce de centímetros, até esta segunda. Agora, a torcida dos milhares de desabrigados e dos que perderam tudo, é que essa calamidade acabe logo, para que todos retomem suas vidas. Mais que isso, não só pode esperar.
PRESENTE DE GREGO - O que pode salvar as comemorações dos 100 anos de Porto Velho, neste 2014, será o segundo semestre. Porque o primeiro está perdido. Enchente, crise econômica que já chegou e vai se ampliar, por tudo que foi perdido; risco de doenças depois que as águas baixarem; fim da calamidade pública prevista só para o final de maio: tudo isso - e muito mais notícias ruins - somam o conjunto de presentes de grego que recebemos. Se as coisas não melhorarem muito na segunda parte do ano, teremos um Centenário para se esquecer...
DECEPÇÃO - Não deixa de ser triste e decepcionante, a posição de muitas pessoas, a maioria delas geralmente equilibradas e respeitadas, que, pré-candidatas neste ano, estão dando uma demonstração lamentável de amor às invencionices e à falta da verdade. Querendo fazer média com o povão, que, no geral, não se preocupa com o que é real ou não, esses políticos antigos e os novatos que querem se eleger, não só apoiam as invencionices, como ajudam a criá-las.
BLOCO DOS OITO - Um pacote de oito partidos, liderado pelo PP de Ivo Cassol, começa a se definir para outubro. Pelo menos três nomes saíram do encontro, com possibilidades concretas de serem apoiados pelo bloco político, para a disputa ao governo. Pelo PP, Maurão de Carvalho e Carlos Magno. Pelo PSDC, Neodi de Oliveira. O nome de Neodi, aliás, foi o apontado pela maioria dos partidos para comandar uma chapa do grupo dos oito ao governo. O bloco é composto pelo PP, PSDC, PR, PPS, PTN, PTB, PV e PROS.
IVAN E CARINE - Entre as decisões tomadas no encontro ocorrido em Ji-Paraná, sábado, comandado pelo senador Ivo Cassol, outras decisões foram tomadas. Uma, de que o atual deputado Luiz Cláudio, do PTN, vai concorrer a uma vaga à Câmara dos Deputados. Também disputará uma cadeira da Câmara o empresário Ivan Rocha, que não é mais o Ivan da Saga, mas é o presidente de honra do PP em Porto Velho. Carine Cassol, filha do senador e ex-governador, deve concorrer à Assembleia Legislativa. Outros nomes quentes estarão nas duas relações à ALE e à Câmara Federal, mas as próximas definições só saem dentro de alguns dias.
PERGUNTINHA -Quantos secretários e assessores diretos do governador Confúcio Moura deixarão seus cargos no próximo 4 de abril, para poderem disputar as eleições deste ano?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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