sábado, 15 de março de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

OS PERIGOS DA VOLTA PARA CASA, DEPOIS DAS ENCHENTES

Especialista em doenças tropicais, médico experiente, Sérgio Basano é o diretor do Cemetron, em Porto  Velho. É ele e sua equipe que recebem, no hospital especializado, muitos doentes que chegam com problemas de saúde relacionados às cheias dos rios da região mas, principalmente, daqueles que serão atingidos pelas doenças e perigos pós cheia. Há, até agora, pouco mais de meia dúzia de casos de leptospirose, uma doença perigosa, transmitida por uma bactéria que vem com a urina dos ratos e que é terrível para o ser humano. Quando as águas baixarem e as pessoas começarem a voltar para suas casas, se não tiverem cuidados muito específicos, este número poderá dar um salto impressionante. O mesmo se pode dizer dos casos de dengue e malária, que deverão aumentar muito mais. Picadas de cobras venenosas, de escorpiões e outros animais peçonhentos também farão parte do rol de problemas de saúde da população, que virá tão logo o rio Madeira e os lagos, açudes e riachos voltem ao seu leito normal.
O dr. Sérgio fala com clareza toda essa questão, dá orientações e conselhos, ensina os rondonienses atingidos pela cheia, tanto na Capital como em todas as demais regiões, de que forma devem estar preparados para voltar para casa; para fazer toda a limpeza necessária sem serem atingidos pelas doenças; dos equipamentos de proteção que devem utilizar quando forem  tirar a sujeira, o barro e o lixo de dentro de suas casas  e, neste pacote, como todos devem se prevenir para não entrar nas estatísticas de doentes. No programa Candelária Debate (TV Candelária, Canal 11 na rede aberta e Canal 20 na TV a Cabo na Capital e região; emissoras afiliadas à Candelária/Record em todo o Estado), o diretor do Cemetron fala sobre tudo isso e dá muitas orientações. Vale a pena acompanhar.
 DONA DILMA NÃO GOSTOU... - Participante  da reunião com a Presidente Dilma no Planalto, esta semana, contou que ela não gostou de dois temas tratados na reunião. Um, não concordou com comentário do prefeito Mauro Nazif, de que as cheias poderiam ter alguma coisa a ver com as usinas e falou forte, isentando as duas obras gigantescas do PAC de qualquer eventual  responsabilidade com a enchente terrível que Rondônia enfrenta. Outra: não quis sequer falar na transposição. "Não é a hora de falar sobre isso", disse dona Dilma, com aquele seu jeito que todos conhecem.
 DONA DILMA SE INDIGNOU... - Já o  deputado Moreira Mendes, disse que a Presidente da República demonstrou grande indignação, quando foi informada sobre a decisão da Justiça Federal de não permitir a abertura de um pequeno trecho da BR 421, para que chegassem mantimentos e combustíveis à população isolada de Guajará Mirim e Nova Mamoré. Ela chamou de imediato representantes da Advocacia Geral da União  para entrar no assunto e tentar modificar a decisão.  A Presidente disse que não podia compreender uma posição dessas, num momento de grande perigo para milhares de pessoas.
ESCURIDÃO - É impressionante como algumas coisas são tão ruins e ainda conseguem piorar. O caso da péssima iluminação no Espaço Alternativo é sintomático. Há anos, desde que muita gente descobriu aquele local para suas caminhadas, corridas, passeios de bicicleta, principalmente no final da tarde,  que o local tem sido mal atendido nesse quesito. Trechos na escuridão são um inferno para os frequentadores. Mas a Emdur, tanto a do passado como a de hoje, não dá atenção ao assunto.
MENOS TRÊS - Não houve consenso e a Assembleia não deve convocar os suplentes dos deputados Adriano Boiadeiro e Ana da 8, afastados por seis meses. Os suplentes são César Lucório e Pastor Delso, respectivamente. Delso , para assumir por algum tempo teria que renunciar ao seu mandato de vereador. César Licório poderia topar, mas não se pronunciou, ao menos oficialmente, até ontem. Cláudio Carvalho volta em dois meses e, portanto, não precisa ser substituído. A tendência é que a Assembleia rondoniense fique com 21 deputados por dois meses e 22 parlamentares até setembro.
SONHO DE VERÃO - Não dá mais para ter ilusões. No caso da transposição, a União continuará fazendo de tudo para que sejam incluídos na folha de pagamento federal o mínimo do mínimo do mínimo dos servidores do ex- Território Federal. Todos os dias surgem novos empecilhos legais, impostos pelos advogados do governo, tentando tirar o máximo possível de gente do direito à transposição. Toda a conversa sobre o assunto, até agora, na verdade não passou de sonho de verão. Quem conhece o assunto a fundo, garante:  a transposição será para muito poucos.
TEMPO DE MUDANÇAS - Daqui a poucos dias, começam as mudanças no governo Confúcio Moura, porque um grupo de secretários e assessores diretos terá que deixar o  governo, para poder concorrer em outubro. São certos os nomes do diretor do DER, Lúcio Mosquini e do secretário de segurança, Marcelo Bessa. Da turma palaciana, não se sabe se surgirão mais candidatos, mas há uma forte movimentação nesse sentido. Confúcio só anuncia na última hora se será ou não candidato à reeleição. Tudo leva a crer que será. Mas é sempre se ficar com um pé atrás, nessa questão.
 PERGUNTINHA - Não dá vontade de vomitar cada vez que se ouve uma autoridade dizer que os menores assassinos são vítimas  da sociedade?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires


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