domingo, 23 de março de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

MARCHA COM DEUS PELA FAMÍLIA: DEMOCRACIA OU RISCO

A situação era outra, o perigo muito maior. Quando dezenas de milhares de pessoas foram às ruas, no Rio, poucas semanas antes do golpe militar de 1964, na famosa Marcha Da Família Com Deus Pela Liberdade, foi dado o aval para os militares agirem, avisando-os  que maioria dos brasileiros queria manter-se longe do então assustador comunismo, que ameaçava tomar conta de várias regiões do mundo. Tudo diferente de agora. Hoje, vivemos numa democracia. É a maior e melhor democracia do mundo? Claro que não. Ainda estamos engatinhando nela, mas estamos indo bem, dentro das possibilidades reais que temos, como povo e como Nação. Por isso, a Marcha Com Deus Pela Família, convocada para este sábado, em São Paulo, que pretendia repetir a ação que antecedeu o golpismo de 64, não pode ser analisada nem como arremedo. Primeiro, porque os tempos são outros. Segundo, porque goste ou não goste do governo, a minoria perdeu a eleição, e, portanto, tem que respeitar quem está no poder, legitimamente eleito. Terceiro, porque o ato pode parecer uma provocação contra o regime democrático, legítimo e funcionando com todos as suas estruturas, de cima abaixo.
Do outro lado da moeda, uma manifestação, seja ela qual for, tem que ser respeitada na democracia. Fala-se - e não se sabe se é real - que a própria Polícia Militar paulista apoia o evento, com aval do Governo paulista. A passeata em si mesma, convocada pelas redes sociais, não se sabe que tamanho terá e nem suas consequências. O único resultado que se espera é que ela seja apenas uma movimentação democrática, respeitando todos os parâmetros legais, dentro da paz e tranquilidade. Fora disso, será outro passo para prejudicar ainda mais a já divida sociedade brasileira. Esperemos, pois, que o bom senso tenha comandado a Marcha. 
 CONVERSA A DOIS - O secretário Lúcio Mosquini, figura do primeiro time da equipe palaciana, teve uma longa conversa a dois com o governador Confúcio Moura, dias antes do anúncio da decisão em que Confúcio definiu oficialmente que seria candidato à reeleição. A amigos, Lúcio confidenciou que tem certeza que o resultado da conversa foi decisivo para que seu chefe batesse o martelo e topasse entrar na briga por mais um mandato. Lúcio teria levado números bastante positivos, para convencer Confúcio a ir para a tentativa de novo mandato.
CADA UM COM SUA TURMA! - O sadismo está à solta, nas redes sociais. Uma grande parte dos usuários do facebook, principalmente, adora sangue, violência, tragédias, crianças mortas brutalmente, crianças queimadas. Essa doença social, escondida atrás da tentativa apenas de mostrar os fatos, deixa claro que esse tipo de comunicação não vai longe. Daqui a pouco haverá uma seleção natural. Os normais terão seu grupo, os sádicos outros, os doentes mentais outro e por aí vai. Pessoas com o perfil da normalidade, certamente, vão começar a cair fora desse circo dos horrores.
DUREZA DA LEI - A dureza com que a Justiça Eleitoral está tratando casos de compra de votos, não só em Rondônia (veja-se o caso da cassação, em primeira instância do prefeito e do vice de Candeias e vários outros semelhantes), como no país inteiro, são exemplos claros.  Fscalização duríssima, acompanhamento em cima dos gastos eleitorais e investigações sempre profundas de denúncias feitas com alguma prova têm  tirado o sono de muitos políticos. Em outubro, vai ser ainda pior.
CAMPANHA ANTECIPADA - Por falar nisso, espera-se que o TRE esteja de olho na visível e clara antecipação da campanha. Em cada centímetro quadrado de Rondônia (e isso vale para todo o país), candidatos a candidato, muitos que nem sequer sabem se passarão nas convenções, estão até discursando à cata de voto. Além disso, é sempre bom alertar para que a Justiça Eleitoral monitore os partidos de balcão, nanicos criados apenas para negociatas. Se conseguir isso, já terá dado grandes passos para uma eleição mais limpa.
TESTONI ESTÁ FORA - O agora licenciado prefeito de Ouro Preto, Alex Testoni, ainda não decidiu seu futuro, mas é certo que não vai disputar o Governo. Ele soube pessoalmente do governador Confúcio Moura que irá à reeleição e, como tinha um compromisso de apoio ao atual governador, Testoni teria confirmado que está fora do páreo. Até agora não disse claramente os motivos pelos quais deixou o cargo abruptamente. Nos bastidores, em Ouro Preto, comenta-se muito que, alvo de injustiças, o prefeito não se conformou e caiu fora. Ao menos por algum tempo.
SANGUE DOS OUTROS - Mesmo contra decisão da maioria de petistas e esquerdistas agarrados na fórmula suicida (não para essa gente que se alimenta da ideologia, em detrimento da vida dos outros, mas para a sociedade brasileira) de não punir crimes de menores, o presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que colocará projeto nesse sentido em votação, em abril. Sem chances. Os ideólogos dos direitos humanos dos bandidos não se importam com o sangue derramado no país todo, por esses criminosos. Afinal, o sangue não é o deles!
PERGUNTINHA - Com o Mensalão, escândalos, brigas políticas, denúncias de roubalheira na Petrobras e tantos outros problemas, como explicar que se a eleição fosse hoje a Presidente Dilma se reelegeria com tanta facilidade?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

Nenhum comentário:

Postar um comentário