A princípio, a Igreja primitiva só conhecia a comemoração da Páscoa Anual e Semanal. Daí a importância do domingo como dia da Ressurreição, por isso Dia do Senhor. A origem do Tempo da Quaresma data do final do século II e início do século IV, mas somente como uma semana de preparação para a Páscoa. A partir dai, a história narra sua evolução até os tempos atuais, com da relação entre a Quaresma e a Páscoa. Uma prepara a outra, compondo uma só realidade e dinâmica espiritual de cunho pascal, sobretudo nas celebrações dominicais. Na Quaresma, o cristão está à procura de uma via de salvação que o remeta à sua futura Páscoa junto com Jesus. Por isso, se fortifica no combate contra tudo aquilo que se opõe o Reino.
Para compreender melhor significado da Quaresma, é importante conhecer sua fundamentação bíblica. Desde o século IV, a Igreja a relaciona com eventos do Antigo Testamento: os quarenta anos de peregrinação do povo hebreu rumo à terra prometida; os quarenta dias de jejum total (sem comida nem bebida) de Moisés no monte Sinai, preparando-se para receber a Lei da Aliança (cf. Ex 24,12-18.34); os quarenta dias de Elias (cf. 1Rs 19,3-8). O jejum aparece como elemento essencial de preparação para a proximidade de Deus e este sentido não sera abandonado no Novo Testamento.
Jesus, antes de começar sua vida pública, se retira para o deserto e lá fica durante quarenta dias e noites em jejum, preparando-se para sua vida pública. Por isso, este tempo é de fortalecimento espiritual por meio de exercícios penitenciais. Os quaren ta dias que transcorrem desde a Ressurreição do Senhor até a sua Ascensão possibilitam equiparar o Tempo da Quaresma ao Tempo Pascal e compreendê-lo como uma única peça da dinâmica redentora e como fim último a ser alcançado pela humanidade.
Fonte: Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Cadedral / Jornal Alto Madeira
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