"Velho é um organismo no qual pelo menos 65% da alterações biológicas associadas ao envelhecimento já ocorreram". O envelhecimento depende de fatores genéticos e ambientais, entre eles, a nutrição , que pode ser controlada. Os hábitos alimentares se adquirem desde a infância e dependem, também, dos hábitos familiares. Uma dieta controlada durante toda a vida pode condicionar uma velhice sadia. Normalmente, as suas necessidades energéticas decrescem com a idade, mas, por causa da redução de atividade física, a alimentação tem que ser ajustada para evitar um aumento ponderal. A necessidade de proteína na velhice não diminui, não é diferente do adulto jovem. As proteínas fornecem energia e os ácidos aminados que o tecido precisa para a substituição dos tecidos que foram destruídos nos processos normais da vida. As necessidades energéticas do indivíduo variam nas pessoas sedentárias ou que levam uma vida ativa: isso é que determina a necessidade de glicose e lipídios no organismo. A partir dos 50 anos, tanto o homem como a mulher tem uma diminuição da massa óssea, embora progrida mais rapidamente na mulher. O período compreendido entre 20 e 40 anos é a fase durante a qual os cuidados diatéticos podem estabelecer a diferença entre saúde ou invalidez na senilidade. A alimentação tem papel importante na prevenção do processo de envelhecimento.
A superalimentação após a maturidade aumenta a incidência de certas moléstias degenerativas comuns em idades avançadas.
Para seguir um programa de prevenção à velhice, deve-se começar com a proteção à gestante e à infância, que deverá ser mantida até a morte do indivíduo.
Problemas maiores em alimentação ocorrem mais frequentemente nos asilos, onde a maior porcentagem dos internados colabora com a instituição com a sua fraca aposentadoria, sendo que a maioria não recebe nem um salário mínimo, sendo a dieta pobre em carboidratos, fibras e proteína. A queixa sempre é a mesma: não há verba para a compra de alimentos indispensáveis. A alimentação inadequada traz como consequência as diarreias agudas e crônicas que podem levar à morte vários idosos.
Fonte: Thereza Freire Vieira - Médica geriatra e escritora, colaboradora de jornais e revistas - Jornal Alto Madeira
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