sexta-feira, 28 de junho de 2013

O que é vírus de computador?

Podemos dizer que quase todas as pessoas já estão "vacinadas" contra os vírus ingênuos de computares, mas assim como a tecnologia avança, crackers também inovam e hoje até seu celular pode estar infectado por um destes e muito em breve, outros eletrônicos inteligentes vão precisar de cuidados.
Após o surgimento do computador e principalmente da internet, nós nos acostumamos a ouvir o termo “vírus” para computadores. Até então,  vírus era uma palavra comumente usada somente para designar os causadores de doenças infeciosas. Assim sendo, o vírus que iremos tratar hoje não é o biológico, mas sim o eletrônico. Em uma definição simples, "vírus nada mais são do que pequenos programas desenvolvidos com o objetivo de causar algum dano ao usuário do computador", disse João Eduardo Vieira, professor de Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Carapicuíba (SP). 
A maior incidência de contaminações no meio tecnológico ocorre pelo próprio descuido do usuário, geralmente executando um arquivo infectado que tenha sido recebido por e-mail ou por outro meio. Em menor proporção, a infecção pode também acontecer através de arquivos contaminados em pen drives, CDs e outros dispositivos. Outro causador do problema pode ser o Sistema Operacional desatualizado, deixando assim, portas abertas e desprotegidas.
O vírus tem um objetivo principal: desestabilizar o sistema, seja prejudicando o seu desempenho, destruindo arquivos ou mesmo se espalhando para outros computadores. Os vírus mais comuns são os encontrados em programas e arquivos e são normalmente ativados quando o usuário acaba clicando em algum programa da internet ou programa executável (terminação .exe). Os vírus mais prejudiciais são aqueles que tentam roubar informações sigilosas dos usuários. Estes são os chamados cavalos de troia, ou apenas trojan. Outro tipo de vírus é o worn, este é o mais perigoso, pois se multiplica sozinho e amplia a infecção para outros computadores através da internet.
Desde que os vírus surgiram, entre 1983 e 1986, nunca foi possível exterminá-los por completo, ao contrário, há cada dia surgem mais. Sabemos inclusive que existe um mercado negro para vírus, principalmente os próprios para roubo de senhas de banco e também cartões. Por isso, o velho ditado também vale para o mundo tecnológico: É melhor prevenir do que remediar. Assim, o melhor que podemos fazer para nos proteger dessas pragas virtuais é trocar as senhas com frequência de: e-mail, sites de bancos, não clicar em arquivos suspeitos e também sempre deixar o antivírus sempre atualizado.

Conheça a cronologia do vírus (Fonte: Wikipédia)

Evolução dos vírus dos micro-computadores

  • 1983 - O pesquisador Fred Cohen (Doutorando de Engª. Elétrica da Univ. do Sul da Califórnia), entre suas pesquisas, chamou os programas de códigos nocivos como "Vírus de Computador". No mesmo ano, Len Eidelmen demonstrou em um seminário sobre segurança computacional, um programa auto-replicante em um sistema VAX11/750. Este conseguia instalar-se em vários locais do sistema.
  • 1984 - Na 7th Annual Information Security Conference, o termo vírus de computador foi definido como um programa que infecta outros programas, modificando-os para que seja possível instalar cópias de si mesmo.
  • 1986 - Descoberto o primeiro vírus para PC. Chamava-se Brain, era da classe dos Vírus de Boot, ou seja, danificava o sector de inicialização do disco rígido. A sua forma de propagação era através de um disquete contaminado. Apesar do Brain ser considerado o primeiro vírus conhecido, o título de primeiro código malicioso pertence ao Elk Cloner, escrito por Rich Skrenta.
  • 1987 - Surge o primeiro Vírus de Computador escrito por dois irmãos: Basit e Amjad que foi batizado como 'Brain', apesar de ser conhecido também como: Lahore, Brain-a, Pakistani, Pakistani Brain, e UIU. O Vírus Brain documentado como 'Vírus de Boot', infectava o setor de inicialização do disco rígido, e sua propagação era através de um disquete que ocupava 3k, quando o boot ocorria, ele se transferia para o endereço da memória "0000:7C00h" da Bios que o automaticamente o executava.
  • 1988 - Surge o primeiro Antivírus, por Denny Yanuar Ramdhani em Bandung, Indonésia. O primeiro Antivírus a imunizar sistema contra o vírus Brain, onde ele extrai as entradas do vírus do computador em seguida imunizava o sistema contra outros ataques da mesma praga
  • 1989 - Aparece o Dark Avenger, o qual vem contaminando rapidamente os computadores, mas o estrago é bem lento, permitindo que o vírus passe despercebido. A IBM fornece o primeiro antivírus comercial. No início do ano de 1989, apenas 9% das empresas pesquisadas tinha um vírus. No final do ano, esse número veio para 63%.
  • 1992 - Michelangelo, o primeiro vírus a aparecer na mídia. É programado para sobregravar partes das unidades de disco rígido criando pastas e arquivos com conteúdos falsos em 6 de março, dia do nascimento do artista da Renascença. As vendas de software antivírus subiram rapidamente.
  • 1994 - Nome do vírus Pathogen, feito na Inglaterra, é rastreado pela Scotland Yard e o autor é condenado a 18 meses de prisão. É a primeira vez que o autor de um vírus é processado por disseminar código destruidor.
  • 1995 - Nome do vírus Concept, o primeiro vírus de macro. Escrito em linguagem Word Basic da Microsoft, pode ser executado em qualquer plataforma com Word - PC ou Macintosh. O Concept se espalha facilmente, pois se replicam através do setor de boot, espalhando por todos os arquivos executaveis.
  • 1999 - O vírus Chernobyl, deleta o acesso a unidade de disco e não deixa o usuário ter acesso ao sistema. Seu aparecimento deu--se em abril. Sua contaminação foi bem pouca no Estados Unidos, mas provocou danos em outros países. A China sofreu um prejuízo de mais de US$ 291 milhões. Turquia e Coreia do Sul foram duramente atingidas.
  • 2000 - O vírus LoveLetter, liberado nas Filipinas, varre a Europa e os Estados Unidos em seis horas. Infecta cerca de 2,5 milhões a 3 milhões de máquinas. Causou danos estimados em US$ 8,7 bilhões.
  • 2001 - A "moda" são os códigos nocivos do tipo Worm (proliferam-se por páginas da Internet e principalmente por e-mail). Nome de um deles é o VBSWorms Generator, que foi desenvolvido por um programador argentino de apenas 18 anos.
  • 2007 - Em torno de 2006 e 2007 houve muitas ocorrências de vírus no Orkut que é capaz de enviar scraps (recados) automaticamente para todos os contatos da vítima na rede social, além de roubar senhas e contas bancárias de um micro infectado através da captura de teclas e cliques. Apesar de que aqueles que receberem o recado terem de "clicar" em um link para se infectar, a relação de confiança existente entre os amigos aumenta muito a possibilidade de o usuário "clicar" sem desconfiar de que o link leva para um worm. Ao clicar no link, um arquivo bem pequeno é baixado para o computador do usuário. Ele se encarrega de baixar e instalar o restante das partes da praga, que enviará a mensagem para todos os contatos do Orkut. Além de simplesmente se espalhar usando a rede do Orkut, o vírus também rouba senhas de banco, em outras palavras, é um clássico Banker.

Dados estatísticos 

  • Até 1995 - 15.000 vírus conhecidos;
  • Até 1999 - 20.500 vírus conhecidos;
  • Até 2000 - 49.000 vírus conhecidos;
  • Até 2001 - 58.000 vírus conhecidos;
  • Até 2005 - Aproximadamente 75.000 vírus conhecidos;
  • Até 2007 - Aproximadamente 200.000 vírus conhecidos;
  • Até Novembro de 2008 - Mais de 530.000 vírus conhecidos.
  • Até Março de 2010 - Mais de 950.000 vírus conhecidos.
  • Até Janeiro de 2011 - Mais de 1.200.000 vírus conhecidos.

Como o vírus de computador ataca?

Os vírus geralmente são criados por pessoas que possuem bastante conhecimento na área da informática, porém, diferentemente dos primeiros que surgiram, que foram desenvolvidos através de linguagens como Assembly e C, atualmente os vírus podem ser criados de modo bem mais simples e rápido.
Antigamente, a disseminação de um vírus era bastante restrita, já que eles acabavam contaminando outros computadores através de disquetes, por exemplo. Porém, com o uso da internet em larga escala, em poucos minutos um vírus pode atingir vários computadores em diferentes partes do mundo. O modo mais tradicional de disseminar um vírus é através de anexos em e-mails e assim, com um clique o sistema fica infectado.
O vírus, após instalado em uma máquina, pode executar várias tarefas, podendo inclusive, prejudicar o sistema operacional inteiro.

Vírus em dispositivos móveis

Assim como nos computadores, os dispositivos mobile começaram a ser usados para ler e-mails, checar a conta bancária, efetuar transações e até fazer ligações escanear documentos. Junto com todas estas facilidades e tecnologias vieram os malfeitores, aqueles indivíduos que vivem para roubar informações de outrem através de programas maliciosos e fraudulentos. 
Pra você "pegar" algum desses malware disponíveis para smartphone, basta fazer download de algum app (que esteja infectado), acessar e-mails duvidosos, entrar em links estranhos e até ao conectar seu celular no computador (lembrando que alguns malware podem ficar escondidos ou em repouso por longos períodos).
Dentro do grupo dos smartphones e tablets, os campeões de infectações são os dispositivos equipados com o sistema Android. A companhia criadora de softwares, Kaspersky, contabilizou em 2012 mais de 43 mil programas maliciosos SÓ para Android, é mole? Se você parar para pensar que estamos na metade de 2013, quantos novos vírus já foram criados para pegar desprevinido àquele que não tem ou não atualiza um anti-vírus?

Como se precaver?

Como já disse, ter um anti-vírus ativo em seu smartphone ou tablet é essencial, para isso você pode fazer download de um. O próprio Kaspersky tem opções grátis e pagas para seus produtos, portanto a escolha é sua sobre qual utilizar. A Avast também tem uma versão mobile muito boa de anti-vírus. O que é importante dizer é que se o mundo da tecnologia anda rápido bem como o mundo do crime, você não pode parar de se precaver. Lembre-se que é melhor prevenir do que remediar. 
Fonte: Rafaela Pozzebon -  Oficina da Net

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