Divulgada recentemente em Porto Velho, uma pesquisa do Centro Nacional de Referência em Saúde do Homem revelou que 40% dos homens, entre 25 e 35 anos, utilizam medicamentos para disfunção erétil sem necessidade. O estudo mostra que nas farmácias e drogarias da Capital rondoniense os estimulantes sexuais (Tadalafi) e o Viagra (Sildenafil) - encontrados, inclusive, em farmácias de manipulação, a preços mais acessíveis do que os similares alopáticos. Para o Urologista Victor Sadeck Filho, do Hospital 9 de julho, nestes casos, a automedicação é um risco para a saúde dos jovens.
No Instituto Médico legal (IML), em Porto Velho, segundo o doutor Otino José de Araújo Freitas, o Viagra, principalmente, esta matando muitos jovens de 16 a 20 anos. Muitos, porque têm pressão alta e, por isso, quando não morrem de infarto do miocárdio são acometidos de acidente vascular cerebral (avc), ficando com sequelas irreparáveis para o resto da vida.
"O receio de falhar e a vontade de aprimorar o desempenho são alguns dos motivos que levam os jovens a consumir a medicação desnecessariamente. Eles, muitas vezes, são cobrados a ter experiências superiores e isso faz com que tomem o medicamento sem prescrição, para que tenham segurança e não passem vergonha", observa o legista.
Otino e Sadeck garantem, em jovens saudáveis, não vai haver mudanças no desempenho. Ambos chamam a atenção para os efeitos colaterais do medicamento. "Os estimulantes podem causar rubor facial, congestão nasal, visão embaraçada e taquicardia. Como todo remédio, o uso exige orientação especializada. É ideal consultar um urologista, para evitar qualquer complicação na saúde da pessoa", recomenda o secretário de Saúde de Porto Velho, dermatologista Mácario Barros, aconselhando jovens e velhos a desenvolverem atividades físcias, a fim de melhorarem o desempenho sexual.
Pesquisa feita na semana passada, pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com 5 mil homens, mostrou que 51% dos brasileiros estão acima do peso e que 37% deles admitem o uso do medicamento para ereção. O coordenador do Grupo Longevidade Saudável, geriatra e endocrinologista Jorge Jamil, garantiu que não há dúvida de que o aumento de casos de disfunção erétil está relacionado ao aumento da obesidade. "Caminhar é bom para aumentar a resistência, a circulação sanguínea e a autoestima, além de melhorar o desempenho sexual", acrescenta.
Fonte: Cláudio Paiva - Jornal O Estadão do Norte
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