quarta-feira, 26 de junho de 2013

Inflação aterroriza a classe média

Dados divulgados na última quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o governo não consegui segurar a inflação e com isso, o varejo já se ressente do esgotamento do processo de ascensão social que marcou o país nos últimos 10 anos.

A nova classe média, formada por 40 milhões de brasileiros que engordaram o mercado de consumo nesse período, não só parou de crescer como está vendo o seu poder de compra encolher.

Essa semana, o dólar atingiu a maior alta do governo Dilma Rousseff (R$2,1) e esse reflexo será sentido pelo mercado. A classe média estava com a demanda reprimida. Muitas pessoas consumiam móveis, eletrodomésticos, informática, celular e veículos. Outras, que já tinham esses bens, queriam produtos mais modernos. Só que chega um momento que isso se esgota. O processo de troca de bens é muito mais lento agora.

O varejo registrou alta de apenas 1,6% em abril na comparação com o mesmo período de 2012. Foi  o pior resultado para este mês desde 2003, primeiro ano do governo Lula. Frente a março, houve avanço de minguado 0,5%, número que, a despeito de ser positivo, frustrou o mercado, que esperava o dobro desse desempenho.

Tudo esse cenário vai refletir nos meses de agosto e setembro. Rondônia vive uma realidade diferente dos demais estados da região Norte por estar em posição estratégica, mas alguns municípios já sofrem o reflexo dessa crise. O comércio de Porto Velho, por exemplo, não superou as vendas no Dia das Mães, data considerada como segundo natal do comerciário.É interessante ressaltar que o movimento que se vê no país não está se mostrando isolado, observando o mesmo cenário de abertura do prêmio de risco vindos de outras economias como o México, Colômbia, Chile e Peru.
Fonte: Editorial -Jornal Diário da Amazônia

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