SÓ FALTAM OS ALVOS CONCRETOS PARA MUDAR O PAÍS
A coisa ficou bem preta para a classe política, que deve ter ficado com medo. Mas, afora uma minoria de vagabundos, que saíram de casa para destruir e ampliar a violência a que todos já estamos submetidos, a grande maioria foi às ruas exigir mudanças, mas sem sujar as mãos. Prefere sujar mais ainda, com seus gritos e protestos, as biografias já enlameadas de muitos congressistas e governantes, que têm tratado o povo com desprezo, deixando-a sem segurança, sem saúde, sem infraestrutura, com a corrupção grassando, com leis espúrias que não protegem as pessoas de bem. O único senão das manifestações é que elas não tem um foco, um objetivo claro. Ser contra tudo e todos ou ter reivindicações impossíveis de atender (como transporte público de graça, num país capitalista), acaba fazendo com que não se saiba exatamente o que a turba quer. Se escolhesse uns dois ou três alvos, bem claros, os resultados seriam melhores e o movimento não poderia ser taxado de ser uma serpente sem cabeça.
Sugere-se, então, alguns desses focos prioritários. O primeiro, aquele que, se fosse só ele, já estaria de bom tamanho para todas as multidões levarem às ruas, seria mudar radicalmente a legislação e separar, com clareza, quem é bandido de quem não é. Fazer apodrecer na cadeia quem matasse, tivesse dez anos ou 100. Exigir uma saúde pública de qualidade, seria outro alvo vital. O terceiro poderia ser a educação. Se poderia exigir mudança radical no ensino e obrigar, por exemplo, que quem frequente uma escola, não passe para o próximo ano sem que saiba, pelo menos, ler corretamente. Seria revolucionário, num país em que o governo transformou a educação num arremedo. Se mexêssemos nestes três itens, o resto viria por osmose. Mas, na verdade, não seria sonhar demais?
FORA, VAGABUNDOS!
Ainda no mesmo tema: convocada pelas redes sociais, mais uma manifestação acontece nesta quinta à tarde, na Estrada de Ferro Madeira Mamoré. No convite, o aviso explícito: vagabundo que quiser participar para fazer baderna, arruaça, destruir patrimônio público, está sendo intimado a não colocar os pés por lá. Aliás, a grande maioria dos que querem fazer um protesto pacífico poderia combinar entre si e apontar, para as autoridades, quem são os bandidos. Daí, eles seriam retirados e presos. Porque lugar de marginal é na cadeia e não no meio de gente decente.
AUTÓGRAFOS
Ele passou poucos anos em Rondônia, mas já se integrou de tal forma à terra, que é hoje mais um rondoniense-paulista do que o contrário. Talentoso, voltou para sua terra natal, mas deixou um lastro de respeito por seu talento profissional e um rol infindável de amigos. Ele é Domingues Júnior, que dia 1º de julho, no final da tarde, lança seu livro "Crônicas Domingueiras Para Se Ler Aos Sábados", na Livraria Exclusiva, na Carlos Gomes, em Porto Velho. Tem autógrafos dele. O escritor Domingues Júnior vem aí. Imperdível!
COMEMOROU
Quando governador, Ivo Cassol fez o que podia para que os distritos da Ponta do Abunã e de Tarilândia se tornassem municípios. Nesse quesito, ele teve forte apoio da Assembleia e do Tribunal Regional Eleitoral. Mas a criação das novas cidades empacava em Brasília. Lei federal impedia qualquer definição. Agora, como senador, Cassol foi um dos primeiros a comemorar a lei que regulamenta a criação de novas cidades. Lembrou que os dois distritos de Rondônia estão com tudo pronto para serem cidades. E estão mesmo!
VÔMITO E LÁGRIMAS
Eles não tomaram chá de simancol, que tem o poder milagroso de fazer com que abestados tenham, ao menos, alguns minutos de lucidez. Gente da Secretaria de Direitos Humanos, na Câmara Federal, onde se discute a maioridade penal, disse tanta asneira, que dá um misto de nojo com vontade de chorar. Ignorando tudo o que está acontece à sua volta, eles disseram, entre outras coisas, que a classe média se assusta com o noticiário de menores em crimes, porque a mídia explora exageradamente o assunto. Como esse tipo de idiota está no governo?
ENTERRO
Empresários que vivem no desespero, nas semidestruídas ruas laterais da BR 364, em Porto Velho, lideraram grande manifesto, nesta quinta, protestando contra o abandono das obras do viaduto e da situação caótica das laterais da rodovia. Alguns estão prestes a desistir do negócio, tal a situação que já dura oito anos. O movimento pretende fazer um enterro simbólico da Rua da Beira. O evento vai mexer com as estruturas da Capital. A Prefeitura tenta resolver o caos na região, mas não se sabe se conseguirá.
O TOM SUBIU
Nesta semana, empresários de algumas das mais importantes marcas na área da Rua da Beira ficarem frente a frente com o secretário de Obras, Gilson Nazif, no programa Papo de Redação, da Rádio Parecis FM. Durante uma hora, houve debate acirrado, em alguns momentos com o tom subindo acima do normal. Gilson disse que a Prefeitura vai fazer a obra, os empresários. que não acreditam e que o trabalho deveria ser feito pelo Dnit. Não foi fácil o diálogo. A relação entre lideranças empresariais e a Prefeitura é difícil há anos.
PERGUNTINHA
Além de manifestações, protestos, discursos e cartazes, será que os brasileiros que foram às ruas exigir mudanças vão saber valorizar seu voto na próxima eleição?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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