sábado, 1 de março de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

NO NOSSO SISTEMA ELEITORA, ONDE FICA O DESEJO DO LEITOR?

Há algumas questões relacionadas com as eleições que precisam ser esclarecidas, para que não se compre a ufanista afirmação de que temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Mesmo com toda a estrutura dos tribunais eleitorais, mesmo com bilhões gastos em cada eleição, mesmo com toda a parafernália criada para que tenhamos votação a cada dois anos (o que é outro absurdo!), há um caso que precisa ser urgentemente corrigido. Pelo sistema atual, o desejo da maioria não é a meta principal. Não importa quantos votos um político faça, nem  sua popularidade, nem  que ele receba nas urnas 10 vezes a votação de outro. O que vale é o tal de coeficiente eleitoral, que valoriza partidos, muitos deles nanicos e tantos outros que só vivem do dinheiro público. Aqui mesmo em Rondônia temos um caso típico, que mostra o quanto ainda maquiamos a democracia, quando se trata de atender o que o eleitor realmente quer. Agora deputado interino, Brito do Incra (foto), por duas vezes,  com votações expressivas, ficou fora da Assembleia. Em ambos os casos, fez até o dobro de votos dos que entraram no tal rateio partidário. E ele e seus eleitores ficam a ver navios.
Brito do Incra, um sujeito bem quisto entre seus eleitores, ficha limpa, batalhador,  fez quase oito mil votos em 2006. Ficou fora. Houve quem entrasse com menos de quatro mil votos. Em 2010, foi ainda mais dolorida a derrota. Chegou a 13.300 votos, numa coligação em que se elegeram dois companheiros seus. Na composição da Assembleia, entraram deputados com menos de 4.500 votos. Isso é democracia verdadeira? Prioriza-se os partidos, pelo menos três quartos deles pífios, inúteis e vivendo da mamadeira do tal "fundo partidário" e deixa-se de lado o desejo do eleitor. Somos o melhor sistema eleitoral do mundo? Para quem, cara pálida?
 SILÊNCIO DA BANDA - Esse será um sábado de carnaval diferente, para os porto velhenses. Depois de 34 anos, pela primeira vez a Banda do Vai Quem Quer  não estará se espraiando pelas ruas do centro da Capital. Será um silêncio estrondoso, pelo barulho que a ausência da Banda fará nos corações de milhares de pessoas. Compreende-se o momento difícil que a cidade está vivendo, com uma enchente histórica. Mas, mesmo assim, não se pode deixar de lamentar que uma instituição amada pela sua cidade, não possa sair pelas ruas, espalhando toda a sua alegria.Um dia triste de carnaval...
 CONCURSO NA POLÍCIA - Nos próximos dias, a Secretaria de Segurança e Cidadania, Sesdec, anuncia os detalhes do concurso público para preenchimento de pelo menos 140 vagas na Polícia Civil e outras 300 para a PM e Bombeiros. Os últimos detalhes, segundo o secretário Marcelo Bessa,  estão sendo fechados com a empresa que será responsável pelo concurso e o edital lançado provavelmente ainda em março. A intenção do governo é fazer as contratações ainda em abril, seis meses antes da eleição de outubro, como determina a lei.
MAIS SUSTOS - Esta próxima semana será ainda de medo e riscos, em relação às cheias do rio Madeira. As previsões de que pesadas chuvas, provavelmente as últimas com tal intensidade, nesta temporada, cairão na Bolívia, nas  cabeceiras do Maideirão, poderão levá-lo até 19 metros e 20 centímetros, alguma coisa nunca antes sequer prevista para o maior rio da nossa região, exceto o próprio Amazonas. Ainda haverá dias de sofrimento, antes que as águas comecem a baixar e a vida da Capital voltar ao normal.
PERIGO DAS DOENÇAS - Como a cheia histórica pegou todos no contrapé, por totalmente inesperada, agora há tempo ainda para um planejamento eficaz para combater os resultados negativos, principalmente para a saúde pública, quando as águas voltarem ao normal. Muitos riscos de doença vêm por aí. Vacinação em massa, medicamentos para vários males, combate profilático a males que podem vir como resultado do fim das cheias, tudo isso deve fazer parte de uma estrutura de saúde pública que tem que ser preparada e organizada desde agora. Senão, a coisa pode ficar ainda pior.
CASSOL ACUSA -= O senador Ivo Cassol voltou a fazer denúncias pesadas contra a Funasa, no Estado. Levou para a tribuna do Senado várias críticas, pedindo que sejam feitas apurações rigorosas no órgão.Cassol apresentou um relatório recheado de irregularidades na Funasa só em Rolim de Moura: sobrepreço, superfaturamento, pagamento de obra e material que não foram executados, falta de fiscalização. E prometeu que vai cobrar providências para punir os responsáveis. As denúncias apresentadas pelo senador, se todas verdadeiras,  são impressionantes.
 FATURANDO NA TRAGÉDIA - Uma passagem aérea que custava 200 reais salta, na hora da desgraça, para 1.745 reais. Vergonha! Não se compreende como o Ministério Público e o Judiciário, sempre preocupados em combater agressões aos direitos dos brasileiros, nada tenham feito contra as empresas aéreas. Elas multiplicaram por nove vezes o preço das passagens entre Rondônia e Acre, nesse período em que não há como manter, por terra, a ligação entre os dois Estados. Um  acinte, ignorado por nossas autoridades.
PERGUNTINHA - Quando será que a Banda do Vai Quem Quer poderá sair pelas ruas de uma Porto Velho já sem enchentes e louca para fazer um pouco de festa, depois de tantos problemas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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