NA VIDA REAL, É CADA UM PENSANDO APENAS NO SEU BOLSO
Há uma tênue, fugaz, mas ainda esperançosa luz no fim do túnel. Com um pouco de sorte, com pressão, muita negociação e apoio de todas as lideranças, o Estado poderá, no segundo semestre (é importante repetir: PODERÁ), parar de pagar a abusiva e pornográfica dívida do extinto Beron. Qual a luz? Ela foi apontada pelo próprio governador Confúcio Moura: caso a dívida do Beron seja suspensa mesmo, o governo terá pelo menos, em torno de mais de 13 a 14 milhões de reais/mês em seus cofres e daí poderá até ter alguma mínima, mas importante folga, para conceder novos aumentos salariais para seus servidores. Somando-se à economia que haverá com a transposição de milhares de funcionários do Estado que passarão para a União, não haveria risco, então, de se infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal. O problema maior é que muitas categorias - várias delas em greve - exigem reajustes e benefícios agora, já. Não querem nem saber se há crise, se há falta de dinheiro, se a arrecadação caiu, se estamos vivendo dias complicados e perigosos. E, muito menos, querem saber que se o governo atender as reivindicações, afunda o pé na jaca e passa longe do cumprimento da LRF.
As coisas não andam boas para a economia brasileira. O PIB teve resultados ridículos. A volta da inflação é ameaça diária. Hora, portanto, de bom senso e cintos apertados. O problema, na essência, é que poucos estão se importando com a economia, com seu país, com os dramas dos outros. Cada qual quer é resolver o seu problema. O resto que se dane. Com essa filosofia, que, aliás, foram nossos governantes que ensinaram, dando quase tudo para poucos e muito pouco para a maioria, caminhamos para uma situação em que não há solução. Estamos mal. Com cada um só pensando só no seu bolso, a tendência é que pioremos. Lamentável!
TRATAMENTO DIFERENCIADO
É uma pena que o governo e as autoridades de várias áreas não tenham, em relação à segurança pública e à proteção às vítimas de criminosos, o mesmo discurso e a mesma ação rápida com que agem quando o caso é defender interesses de presos, condenados ou de bandidos. Rondônia - assim como o Brasil - sangra nas mãos dos assassinos e celerados, mas o Ministério da Justiça manda para cá gente do Depen, para saber as condições do Urso Branco. Tratamento diferenciado é isso!
NOVIDADE NO VÍDEO
Há um jornalista "importado" de São Paulo, que chegou para dar um toque de qualidade e um salto em termos de matérias jornalísticas de primeira linha, à altura das grandes emissoras de TV do país. Thiago Moraes, cria da Rede Record, é uma atração especial na programação da afiliada local, a TV Candelária. Além de mexer com a estrutura do jornalismo televisivo do Estado, o trabalho de Thiago têm colocado várias matérias de Rondônia na programação nacional.
MÃOS ABANANDO
Mais uma semana começa sem que haja avanços nas negociações entre governo e grevistas. Como o Estado avisa que não tem como cumprir qualquer compromisso de reajuste, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, a tendência é que os movimentos se esvaziem aos poucos. O maior problema agora é para os dirigentes sindicais das categorias, que não querem sair da paralisação com as mãos abanando. Sair sem nada, pode representar uma derrota não só das metas da greve, como também entre a própria categoria.
SUPER ALIMENTADOS
Há coisas que não se pode calar, quando se sabe. O fato do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo ter autorizado pagamentos de despesas com auxílio-alimentação na ordem de 87 milhões de reais, em apenas cinco meses, é daquelas informações que o país não aguenta engolir, com o perdão do trocadilho. O TJ tem 50 mil servidores, mais do que muitos municípios do país, mais pagar esta fortuna toda, só para alimentação, em tão pouco tempo, quase 17 milhões e 500 mil por mês, é um exagero. Mas é a Justiça e a gente tem é que ficar de boca fechada, sob pena de ainda ter que responder processo.
CELEBRIDADE
Atração em Ariquemes, no final de semana. O famoso deputado pastor Marcos Feliciano, que se tornou o porta voz da ala reacionária do país, contra os gays, tem cada vez mais adeptos. Onde vai é homenageado e saudado. Como a minoria gay está mesmo dividindo o país - o que é uma burrice, pois se conseguissem unir a maioria em torno das suas questões, obviamente os resultados seriam muito melhores e mais perenes - o Feliciano tem se dado bem. É tratado como celebridade entre os evangélicos, que detestam os homossexuais. Dizem que não, mas detestam.
NO BELMONT
Mais um rolo à vista. O governo do Estado quer começar as obras da nova Estrada do Belmont (uma praga que finalmente vai ser combatida, depois de longos anos), até setembro deste ano. Mais de 18 milhões de reais serão investidos, para construir uma estrada que é seguidamente destruída pelos pesados caminhões de combustível que nela trafegam. O problema é que há 72 casas construídas no leito da rua. Terão que ser derrubadas. Daí...Já se sabe o drama que vai acontecer. Ainda mais em ano político, onde muita gente vai querer explorar a desgraçada alheia para conseguir uns votinhos.
PERGUNTINHA
Se o PIB brasileiro continuar caindo e o risco de inflação aumentar, a reeleição de dona Dilma pode correr risco?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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