quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA


VOTAR ERRADO É UMA FORMA DE INCENTIVAR A VIOLÊNCIA
A terrível guerra do Vietnam teve números impressionantes. Mais de 1 milhão de vietcongs morreram, assim como 50 mil americanos, na década em que as batalhas foram mais terríveis. Usou-se, no conflito, táticas de guerrilha inimagináveis, assim como os mais modernos armamentos da época e ataques aéreos devastadores. Poucas vezes, na história da humanidade, houve tanta destruição.  Os comunistas ganharam a guerra, mas perderam grande parte do seu povo. Em nosso Brasil, não há guerra declarada, mas em 10 anos, computando somente crianças e adolescentes, em apenas uma década, perdemos para a violência nada menos do que 202.864 brasileiros. Na faixa etária de dois aos 24 anos, em 30 anos, alguém aí sabe quantos meninos, meninas e jovens de ambos os sexos morreram, pela violência do crime ou em acidentes de trânsito? Eis o número oficial, divulgado pela Organização Mundial de Saúde: foram 608.492 mortes, entre 1992 e 2012. Mais de 20 mil mortes por ano, um Vietnam a cada dois anos e meio, se considerarmos só os americanos mortos. 

Todos os dias, perdemos nada menos do que 675 crianças e jovens, mais de duas vezes e meia do total dos que pereceram na tragédia de Santa Maria. A grande maioria assassinada, vitimada pela guerra do crime contra as pessoas de bem. Os outros morreram no trânsito, que hoje tira mais vidas do que muitas doenças terríveis e terminais. E que quer dizer isso? Que permitimos, todos nós, que isso aconteça. Elegemos representantes que, no Congresso defendem direitos de bandidos; permitimos que alienígenas que são levados na gozação em seus países de origem, ditem normas no nosso país; damos carta branca para que autoridades de todos os níveis discursem em defesa dos criminosos e não das vítimas. Não cometemos crimes, mas, com o nosso voto, o incentivamos.

O CASO DO LIXO
A empresa responsável pelo recolhimento de lixo na Capital, a Marquise, que nunca deu bola para os veículos de comunicação e muito menos para a opinião pública de Porto Velho, agora tenta explicar que faz tudo certo e que ainda recebe muito menos do que deveria. Com um contrato milionário, por mais de duas décadas, o trabalho da empresa é contestado por nove em cada dez moradores da cidade. O prefeito Mauro Nazif quer denunciar o contrato, mas o caso ainda vai longe.

DURO DE LARGAR
Pelas entrevistas que representantes da Marquise concederam a alguns veículos de comunicação, eles estão fazendo um grande favor de trabalhar por uma mixaria para recolher 11 toneladas de lixo, ao invés das seis para as quais dizem ser pagos. Ora, se a empresa está insatisfeita e a comunidade também, não seria  lógico o rompimento do contrato? Claro que seria. Mas a Marquise, é claro, não conta tudo. Não quer largar o osso de jeito nenhum...

OS BUROCRATAS MANDAM
A infernal burocracia que envolve os serviços públicos no país, prejudica sistematicamente a população. Cada obra pode andar ou ser paralisada por um dos órgãos fiscalizadores ou financiadores, que acham isso, acham aquilo, apontam eventuais irregularidades, cortam recursos, não autorizam o serviço.São sempre rolos sem fim. No caso das obras dos viadutos e na avenida da Beira, na BR 364, mais que nunca isso ficou bem claro. Todo o mundo deu palpite, ninguém resolveu e o conjunto de obras virou uma espécie de piada para a população.

O POVO SE FERRA
Na semana passada, Prefeitura, Dnit, Ministério Público estadual e federal (olha só quanta gente envolvida numa coisa que deveria ser simples e resolvida rapidamente), fizeram longa reunião. Para que? Para autorizar que a Prefeitura faça uma obra que já deveria estar pronta há dois anos, como a avenida lateral da BR, que está um inferno. É burocrata demais, é burocracia demais, são leis demais. Enquanto todos se acham cheios de razão, impondo suas vontades, é o povo que se ferra. Como sempre, aliás.

HORA DE TRABALHAR
O caso da Federação das Indústrias de Rondônia, a poderosa Fiero, ainda está na mídia. Um confronto entre o presidente reeleito da entidade, Dênis Baú e alguns empresários  com mandados de segurança para lá e para cá, acabaram determinando a posse de uma espécie de Junta Governativa, até que as coisas se decidam definidamente . Houve várias ações judiciais, denúncias, críticas, bate boca público. O que se espera-se é que a poeira baixe e que os interesses maiores do setor produtivo do Estado prevaleçam sobre quaisquer outros.

ELES CONTROLAM
Depois do Rio de Janeiro e de São Paulo, é Santa Catarina o alvo do crime organizado, que cria uma situação de pânico à população, incendiando ônibus, atacando postos policiais, causando desespero às pessoas de bem. Os bandidos tomam conta do país e o discurso dos governos e das autoridades é que tudo está sob controle. Está mesmo. Sob controle da bandidagem. O crime impune se espalha país afora. Vai chegar a vez de Rondônia, infelizmente.

PERGUNTINHA
Quando os interesses da maioria da população serão colocados antes daqueles dos burocratas , que infestam o serviço público brasileiro?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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