O PERU NOS ENSINA COMO USAR BEM O DINHEIRO PÚBLICO
Não é má vontade ou só espírito crítico. Mas há coisas que não se pode compreender, mesmo com toda a boa vontade.Basta só comparar como a coisa pública é tratada no Brasil e no Peru, vizinho escolhido por causa da estrada que vai para Pacífico. Ela começa no lado brasileiro e vai até Lima, seguindo depois em direção ao Oceano que fica do lado oposto ao Atlântico, na América do Sul. Alguns rondonienses que fizeram a viagem – como o conhecido jornalista Alan Alex e o professor e apresentador de TV Aleks Palitot – ficaram duplamente impressionados. A impressão negativa foi no lado brasileiro, onde os quase 450 quilômetros até a fronteira do Peru, principalmente no Acre, são de uma rodovia ruim, esburacada, sem estrutura, sem sinalização, insegura. Horrorosa, no geral. Surprise!!! É só passar para o lado de lá fronteira e parece que se sai do inferno para entrar no céu. São mil quilômetros de uma estrada irretocável: segura, bem sinalizada, com celular funcionando a cada dez quilômetros, com estrutura de apoio, segurança e tranqüilidade.
Os dois porto velhenses – Alan e Palitot – e todos os que fizeram a viagem, voltaram impressionados com nossa incompetência, num trecho de estrada que é metade do peruano, que custou fortunas e mais fortunas e, até hoje, dá um certo sentimento de vergonha para quem anda nela e depois trafega no lado de lá, dos nossos vizinhos, de primeiro mundo. A diferença deles para nós? Eles respeitam o dinheiro público, quem rouba e desvia a grana de obras públicas vai para a cadeia; a população protesta se uma obra é mal feita. Estamos levando um baile dos peruanos, na questão da rodovia para o Pacífico. Mas continuamos nos achando os maiores do mundo. Só se for em baderna e desrespeito aos pesados impostos que pagamos.
NÓS OBEDECEMOS!
Ainda estradas: as ONGs já decidiram – aquelas que mandam na Amazônia – e obviamente o governo brasileiro acatou, que as obras da BR 319 não andarão tão cedo. Que ninguém acredite nos discursos de que a ligação por terra entre Rondônia e Manaus vai sair antes de alguns anos. Quem decide estas coisas não mora no Brasil e, é claro, não há qualquer interesse de que a obra ande, não importa o que isso represente de prejuízos para nossa região, nossa população e nosso país. Eles mandam, nós obedecemos. Quem acha que é exagero, que desminta!
CARA NOVA
Kazan Roriz é um novo personagem na política rondoniense. Em outras oportunidades, já tinha aparecido como pré candidato a isso ou aquilo. Não levou os planos em frente. Agora, contudo, parece que a coisa é séria. Pelos ataques gratuitos que recebeu, nas últimas semanas, certamente pode ser,sim, personagem importante na próxima eleição. Kazan, empresário de sucesso, quer repetir o que fez em sua empresa também na vida pública. Vamos ver no que vai dar...
“WORKAHOLIC”
Há um consenso em torno de quem conhece Kazan. Dono de uma revenda de pneus, sua empresa é considerada uma das mais “clean” do Estado, sob todos os aspectos e com uma administração admirável. Outra particularidade: seus funcionários recebem salários acima do mercado e os cargos mais importantes têm vencimentos de executivos. Além disso, Kazan é conhecido como um workaholic, aquele que só pensa em trabalho praticamente o dia todo. É uma figura diferente, que pode surpreender na vida pública . O futuro vai dizer se essa surpresa será real ou não.
RESPONDENDO
As empresas de ônibus decidiram reagir. Depois de ficarem embaixo da pauleira durante meses, sendo culpadas por tudo o que acontece de ruim no sistema de transportes da capital, elas começaram a distribuir informações e fotos sobre a péssima qualidade das ruas onde os ônibus trafegam; os terminais nos bairros, que causam vergonha só de olhar e alguns locais alagados, sujos e semi destruídos em que os passageiros ficam para pegar os coletivos. As empresas, ficou claro, não querem apanhar por coisas de que não têm culpa...
PRIORIDADES
Com os mais de 87 milhões de reais em isenções de impostos que a União deu para o carnaval, em todo o país, se poderia, por exemplo, construir 3 mil casas populares. O dinheiro público rola para as festas, mas é escasso para necessidades primárias, como a habitação. Mas quem está preocupado com isso? O que importante mesmo é o carnaval. Moradia, transporte, saúde, educação ficam para depois, quando o barulho dos tamborins diminuírem. É essa inversão de valores que nos diferencia de países sérios. Skindô, Brasil!”!!!
AGORA VAI!
Dessa vez parece que sai. Depois de uma espera que parecia ser eterna, de obras começadas e interrompidas; de confrontos políticos e muita confusão, tudo indica que dessa vez os moradores da zona sul de Porto Velho, até que enfim, vão ganhar seu sistema de abastecimento de água potável. As obras seguem, mesmo com alguma confusão, com ruas recém asfaltadas sendo rasgadas, aparentemente sem um planejamento em conjunto com todos os órgãos públicos, mas ao menos estão andando. O Jardim Eldorado e todos os bairros próximos, que surgiram a partir dele, podem, enfim, sonhar com a água da Caerd.
PERGUNTINHA
Se quem é eleito para fazer as boas leis não as fazem, estão errados o Ministério Público e o Judiciário, se imiscuindo em tudo o que podem para tentar organizar a sociedade?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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