Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) mostrou que, em São Paulo, aproximadamente 60% das pessoas que se alimentam fora de casa sofrem com problemas relacionados ao sobrepeso e à obesidade.
A nutricionista Bartira Gorgulho, autora da pesquisa, mapeou a situação alimentar fora de casa e gerou estatísticas sobre a quantidade de pessoas que fazem, ao menos, uma das três refeições principais fora do lar. Ela avaliou, também, as diferenças qualitativas entre comer em casa ou fora e qual o tipo de alimento mais consumido na rua.
A coleta de dados durou um ano e se deu por meio de 834 entrevistas realizadas em domicílios por toda a cidade de São Paulo, a fim de garantir a representatividade de todas as regiões. Os dados continham informações sobre hábitos de vida em geral e condições sociais, o quê e onde as pessoas realizavam suas refeições nas últimas 24 horas.
De total de entrevistados, 482 pessoas afirmam ter se alimentado fora de suas casas nas últimas 24 horas, quase metade correspondendo a lanches. Cinquenta e cinco por cento haviam realizado, de fato, uma das principais refeições na rua. Destes, 15% correspondem ao café da manhã, 30% ao almoço, e 10% ao jantar.
No café da manhã, 80% dos alimentos consumidos foram pães, torradas, manteiga, margarina, café e leite integral. No almoço, 70% do consumo correspondeu a arroz, feijão, carne, bovina, verduras, legumes, refrigerantes e aves. Já no jantar, os dados apontam também na casa dos 70% para o consumo de salgados, sanduíches, arroz, verduras, legumes, carne bovina, aves, refrigerantes e suco de futas.
Entre as pessoas que comiam fora de casa, 59% relatam problemas com sobrepeso. Segundo a nutricionista, os maus hábitos alimentares independem do lugar onde se faz as refeições, ou seja, muito do que se consome fora de casa é consumido, também, dentro do lar.
Fonte: Agência USP
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