Comer 75 gramas de nozes por dia da melhora a vitalidade, a mobilidade e a morfologia nos homens de entre 21 e 35 anos, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira (13) na revista "Biology of Reproduction". Aproximadamente 70 milhões de casais têm problemas de fertilidade no mundo, segundo a publicação, que indica que entre 30% e 50% dos casos podem ser atribuídos aos homens.
Alguns estudos sugeriram que a qualidade dos sêmen humano diminuiu nos países industrializados, possivelmente devido à poluição, aos maus hábitos de estilo de vida e a uma dieta ao estilo ocidental. A doutora Wende Robbins, da Universidade da Califórnia, e sua equipe averiguam se o aumento dos ácidos graxos polinsaturados (AGP), que são fundamentais para o amadurecimento dos espermatozódes pode aumentar a qualidade do esperma nos homens que consomem uma dieta ocidental.
Segundo os especialistas, as melhores fontes para encontrar estes ácidos graxos neste tipo de dieta são os peixes e os suplementos de azeite de peixe, as sementes de linho e as nozes que são especialmente ricas em ácidos linoleico (ômega 3).
Os pesquisadores selecionaram 117 homens saudáveis de idade dentre 21 e 35 anos que consumiam uma dieta ocidental e os dividiram em dois grupos: um com 58 membros que evitaram o consumo de frutos secos e outro, com 59, que comeram 75 gramas de nozes por dia. Estudos anteriores haviam indicado que 75 gramas de nozes poderia ser a dose que os níveis de lipídios no sangue que poderiam mudar, mas que não contribuiria ao aumento de peso já que também fornecem gorduras e proteínas.
O sêmen dos participantes foi examinado no início e no final do experimento que durou 12 semanas e os especialistas não encontraram mudanças significativos no índice de massa corporal, peso ou nível de atividade em ambos grupos. No entanto, detectaram que os que tinham consumido nozes haviam aumentado de maneira significativa os níveis de ácidos graxos ômega 6 e ômega 3, e tiveram uma melhoria na vitalidade, movimento e morfologia de seus espermatozoides, enquanto o outro grupo não experimentou mudanças.
Fonte: Revista Médica
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