domingo, 24 de fevereiro de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA


EXTINÇÃO DO FEFA PODE AMEAÇAR SANIDADE DO NOSSO REBANHO 
Quando há os que estão desesperançados, lamentando o que os muitos poderosos estão fazendo contra o povo e as instituições que o defendem, o sujeito, claro, é chamado, no mínimo, de pessimista militante.  Mas a verdade é que, todos os dias, esta gente que manda aparece, impondo vontades, alegando legislações, criando normas, interpretando tudo à sua maneira, não importando que prejuízos isso possa causar maioria. E é exatamente uma dessas medidas, que até podem ter algum tom de legalidade, que está sendo engendrada, por aqui mesmo. Se levada adiante, pode simplesmente acabar com a sanidade do rebanho rondoniense e, é claro, com a crescente exportação de carne da melhor qualidade que fazemos a mais de 50 países. Só no ano passado, as exportações representaram para  Rondônia um faturamento superior a 800 milhões de reais. Agora, o Tribunal de Contas quer extinguir o FEFA, algo que funciona muito bem neste Estado e que é, antes de qualquer outra coisa, o maior responsável por não termos, há muitos anos, o risco do nosso gado ser atingido pela febre aftosa.

Surgido de uma parceria público-privada – muito antes de que essa expressão virasse moda no País – o FEFA consegue, em questão de poucas horas, estar com suas equipes em qualquer lugar do Estado onde haja a mínima suspeita de risco de aftosa. O que o Tribunal de Contas quer é que todos os recursos para o combate à doença do gado sejam públicos. Imagine-se só surgir um foco de aftosa. Até que a burocracia estatal funcione, até que se faça cotação de preços para isso ou aquilo; até que todas as instâncias da burocracia sejam acionadas, o foco se transformaria  e, bye bye, nossa carne e nossas exportações. É isso que fazem com as coisas que ainda funcionam nesse país. Depois a gente é que é pessimista!
 
LEVANDO A SÉRIO
Ainda sobre o tema: a primeira denúncia foi feita nesta semana, na Assembleia, pelo deputado Euclides Maciel. Ontem, em entrevista ao jornalista Sérgio Pires, no programa Candelária Debate (Record), o deputado Luiz Cláudio confirmou a informação e também se disse indignado. Uma audiência pública será convocada nos próximos dias, na ALE, para debater com profundidade o assunto. É um caso que precisa ser levado muito a sério, pelos prejuízos que pode causar ao agronegócio rondoniense.

NA LUTA PELA PONTE
Cada vez que se anuncia uma grande obra pública neste país, a gente já começa duvidando. Primeiro que ela será mesmo construída. Depois, se iniciada, em quantos anos será atrasada por investigações e denúncias sobre corrupção. Mesmo sabendo de tudo isso, o casal Valdir e Marinha Raupp acredita piamente que as obras da ponte binacional Brasil-Bolívia, em Guajará, vão mesmo começar ainda este ano. E que a obra vital para esta região do país será concluída dentro do previsto. A torcida geral é que os dois batalhadores representantes rondonienses estejam certos.

VAI ABRIR OU NÃO?
Por falar em ponte, não está na hora do Dnit vir a público e explicar, direitinho, o que está acontecendo com a obra sobre o rio Madeira, no bairro da Balsa? Toda a estrutura está pronta, faltando apenas as cabeceiras. A obra andou com uma rapidez impressionante e foi uma exceção entre as realizadas no país, porque não apresentou, até agora, nenhuma irregularidade. Porque diabos então ela já não está funcionando? Até quando vão se arrastar os problemas que envolvem alguns moradores da área, que não foram sequer indenizados? Fala, Dnit!

PASSEATA
Se não houver mudança de planos de última hora, neste domingo de manhã haverá uma passeata liderada pelos pais, familiares e amigos da jovem Naiara Carine, brutalmente assassinada há um mês, quando saía de uma auto escola na avenida Migrantes, na Capital. Não há qualquer pista dos assassinos cruéis, que raptaram a garota, a estupraram e a mataram com mais de duas dezenas de facadas. Esse crime bárbaro não pode ficar impune. Por isso, a passeata para pedir Justiça por Naiara...

CAUSA JUSTA
Várias vozes, tanto na Assembleia Legislativa quanto através de representantes da nossa bancada federal, têm protestado com veemência contra a situação horrorosa da BR 364, em praticamente todo o trecho em Rondônia. Nessa semana, entre várias outras vozes, o senador Ivo Cassol e o deputado estadual Neodi Carlos, um no Congresso, outro na ALE, desancaram sobre o Dnit e o Ministério dos Transportes, exigindo urgência na solução dos problemas da rodovia, uma das campeãs nacionais em acidentes e mortes, proporcionalmente ao tráfego que abriga. São protestos mais do que justos. 

DE 40 PARA DEZ
Passada uma década do assassinato do casal Von Richthofen, em São Paulo, quando a jovem Suzane, filha do casal, armou o crime junto com os irmãos Cravinho, os dois executores do crime estão fora da cadeia, pelo menos durante o dia. Foram condenados a quase 40 anos, uma pena justa pelo bárbaro crime que cometeram, mas agora, só uma década depois, já estão na moleza. Suzane ainda está presa, porque é uma doente social. São assim as leis brasileiras. Os assassinos livres. E os mortos estão mortos...

PERGUNTINHA
Porque o governo brasileiro não deu à cubana Yoana Sánchez o mesmo tratamento de autoridade dado, inclusive pelo Supremo, ao assassino e matador de policiais Césare Batistti?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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