COMO A VERGONHOSA OMISSÃO ESTÁ TRANSFORMANDO O BRASIL
Um PM foi morto por bandidos, em São Paulo. Na noite seguinte, 13 suspeitos (um ou outro que não tinha passagem pela polícia), apareceram mortos. A bandidagem se organiza e mata policiais. Como as leis e a Justiça ignoram esses casos e os tratam como se fossem crimes comuns (não somos o único país do mundo em que o assassinato de um policial é tratado com tanta complacência?), as vítimas fazem suas próprias leis. Executam os suspeitos, mas muitas vezes matam também inocentes. Não é enredo de filme de violência, é a vida real no Brasil. Em Santa Catarina, onde as piores notícias sempre eram ligadas a problemas naturais, como as grandes enchentes, as leis brasileiras que incentivam o crime, que colocam os presos dominando presídios e de lá comandando ataques à população apavorada, põe o pânico nas ruas. Em Franca, pequena cidade industrial do interior de São Paulo, onde a vida era direcionada para as fábricas de calçados, menores formam grupos para atacar a polícia; uma joalheria é assaltada quatro vezes no mesmo dia; assassinatos são registrados no meio da tarde. São retratos do Brasil de hoje.
É isso que a política do lava-mãos, da omissão e da cumplicidade com o crime, em alguns casos, fez com nosso país. Transformou comunidades pacatas em centros de violência e policiais em assassinos. Metamorfoseou a vida real, alegando normalidade em plena guerra civil. Essa doentia irresponsabilidade, que nasceu na política de governo e se espalhou por todos os níveis de poder, se não for mudada agora, hoje, antes do meio dia, daqui a pouco, não terá mais solução. Vamos ter que encarar a verdade: há uma guerra. Nossos governantes fazem de conta que ela não existe. Mas ela está acabando conosco, pessoas de bem. Sob os olhares complacentes daqueles que deveriam nos proteger...
CHOQUE NO BOLSO
Contra fatos, não há argumentos. De cada dez reclamações que a defesa do consumidor no Shopping Cidadão recebe, todos os dias, oito são contra a Eletrobras. Todas com protestos sobre os preços abusivos cobrados em suas contas de energia e aumentos absurdos. Pessoas que moram sozinhas e que passam o dia inteiro fora de casa, são cobradas com os mesmos valores de uma família de cinco, seis, pessoas, que consome muito mais energia. O problema se arrasta sem que haja solução. Até quando a população vai ser achacada?
HERMÍNIO PROTESTA
O presidente da Assembleia, Hermínio Coelho, é mais uma voz importante que se levanta contra a tentativa absurda de se barrar o Ministério Público em investigações de crimes. A famigerada PEC 37 está prestes a ser aprovada pela banda podre do Congresso. “É a PEC da impunidade, da irresponsabilidade”, protestou Hermínio, num vigoroso discurso esta semana. Está recheado de razão. A PEC pretende amordaçar também a Receita Federal e outros órgãos fiscalizadores. É preciso que mais vozes se ergam contra mais essa tentativa de punir criminosos, pincipalmente os de colarinho branco.
PURA CONFUSÃO
A partir da noite deste domingo, a mídia já começa a divulgar os primeiros ( e certamente assustadores) números de mortes no carnaval, tanto pela extrema violência que vivemos como na guerra doentia do trânsito. Quem acompanhoui desfiles de blocos, em Porto Velho e outras cidades rondonienses e país afora, de quinta até ontem, já sentiu o clima. Bebidas, drogas, brigas, desrespeito: a essência da festa carnavalesca mudou radicalmente. Não é mais uma festa. É pura confusão...
PAUTA DIÁRIA
Que ninguém se engane. Enquanto a folia pega fogo nas ruas, os políticos descansam carregando pedras, ou seja, só de olhos voltados para a próxima eleição e nos votos que podem conquistar. Várias lideranças de Rondônia aproveitam o feriadão para organizar agenda, marcar reuniões, aprimorar alianças. O 2014 já está batendo às portas e, a partir de agora, qualquer circunstância é boa para se pensar nas urnas. Mesmo tanto tempo antes, a disputa pelo Governo, por exemplo, passa a ser pauta todos os dias, a partir do fim do carnaval.
PERIGO À VISTA
Por enquanto é tudo festa. Mas quando os tamborins se calarem e o ano começar de fato, a vida real vai surgir bem mais dura do que se imaginava. A economia brasileira não vai tão bem como nos últimos anos; em Rondônia, a queda de arrecadação pode prejudicar planos do governo estadual; as contas das de fim de ano e festança sem fim estão chegando e o aumento da gasolina, sem dúvida alguma, vai influir em cheio no aumento da inflação. Dias perigosos, é o que teremos pela frente.
CHEIOS DE DIREITOS
Vagabundos,que sentem que, mesmo presos, ficarão impunes, formam grupos para assaltar e matar, também em Porto Velho. Nesta semana, uma turma desses canalhas atacou uma empresa, torturou funcionários, tentou matar um deles (que teria reconhecido um dos assaltantes) e fugiu com pouco mais de 30 mil reais em dinheiro. Cercados pela polícia, tentaram ainda matar os policiais, antes de serem presos. Na cadeia, em breve ouvirão discursos dos defensores dos direitos humanos dos bandidos, para que possam cumprir suas penas em liberdade.
PERGUNTINHA
Os foliões da Capital vão cumprir o acordo feito entre Ministério Público, Detran e Prefeitura,m para que os desfiles não durem mais do que seis horas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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