Opinião de Primeira

QUEM PAGA OS PESADOS IMPOSTOS QUER SERVIÇOS, NÃO GREVES

Mais de 500 mil estudantes universitários do Brasil estão correndo o risco de perder o ano, por causa da greve dos professores que já chega a quase quatro meses. Na Unir de Rondônia, por exemplo, a greve continuava até ontem e não havia qualquer previsão de que as aulas recomecem. A própria categoria está dividida. Das cerca de 30 associações sindicais (não é possível que haja tantos sindicatos para uma mesma categoria), 13 já decidiram pela suspensão e aceitaram as propostas do governo. Os outros 17 não toparam e continuam parados, incluindo-se aí a turma da Universidade Federal rondoniense. As principais reivindicações do movimento, com a participação de pelo menos 140 mil professores das federais, são o reajuste salarial, melhores condições de trabalho e plano de carreira.Conseguiram pouca coisa e a presidente Dilma Rousseff já avisou que não negocia mais. Ou seja, são os estudantes universitários que pagarão a conta, perdendo o ano letivo ou tendo que ir às aulas em fins de semana e nas férias, naquelas escolas que voltarem ao trabalho ainda nesta semana.

Quando governo e categorias profissionais não falam a mesma linguagem, quem paga é o povo. Nos últimos meses, pelo menos três dezenas de categorias paralisaram suas atividades e pelo menos duas delas – professores de universidades e policiais federais – continuam o movimento. Os prejuízos para o país são imensos, embora a maioria das reivindicações seja justa. Mas tem-se que levar em conta os danos ao brasileiro comum, que não é funcionário público. Essa gente toda não quer saber de sindicatos, categorias, planos de carreira. Querem é o serviço, porque pagam as maiores taxas de impostos do mundo e podem exigir pelo menos um pouco de retorno. Está na hora de resolver essa baderna.

CADEIA PESADA

Não dá mais para empurrar com a barriga a questão do arrocho das leis contra motoristas que teimam em dirigir embriagados. Em Porto Velho, só no último fim de semana, uma dezena de bebuns foi flagrada. Imagine-se quantos outros que não caíram nas mãos da polícia e andaram, incólumes, pelas ruas e avenidas da cidade, ameaçando a vida de todos. O problema é que esses vagabundos são deticadeia pesada – não tem jeito. Os bêbados continuarão matando no trânsito. dos, se incomodam um pouco e fica por isso mesmo. Enquanto não der cadeia – e

CADA VEZ PIOR

Parece que Rondônia não é Brasil. Os serviços de comunicações parecem piorar, ao invés de evoluir. Nesta semana, mais uma vez parte dos rondonienses ficou sem internet, porque a ruptura de dois cabos de fibra ótica, no Mato Grosso, acabou com os serviços da OI. Torna-se cada vez mais comum tais problemas, que quando não atingem uma empresa, pegam outra. Não adiante protestos, reclamações, ranger de dentes. Na hora de faturar, todas as operadoras são eficientes. Na hora de entregar o que venderam, aí é outra história, totalmente diferente.

HERÓI DAS PISTAS

O Brasil tem poucos heróis. Mas o que têm merecem ser lembrados e homenageados. Por isso, nada mais justo do que inúmeras homenagens feitas ao incrível Emerson Fittipaldi, pelos 40 anos da conquista do primeiro campeonato mundial de Fórmula 1. Emerson, um dos maiores pilotos da história do automobilismo brasileiro, no mesmo nível de Ayrton Sena e Nelson Piquet, entre outros, foi bicampeão de Fórmula 1 e bicampeão da famosa prova das 500 Milhas de Indianápolis, uma das mais incríveis corridas do mundo.

SEM AUDIÊNCIA

Muitos candidatos esperavam, ansiosos, o horário eleitoral gratuito, que seria o momento certo para ampliar a campanha e cooptar os eleitores. Mas, ao menos por enquanto, essa esperança não se confirmou. Pelo contrário. Tanto em Rondônia como em todo o Brasil, candidatos às Prefeituras e Câmaras de Vereadores e seus partidos, estão detectando que o horário eleitoral nunca teve audiência tão baixa. Portanto, o negócio é bater perna e correr atrás do eleitor, porque se depender do rádio e da TV...

GUERRA CIVIL

Os bandidos decretaram a pena de morte de jovens, crianças, idosos, deficientes, moradores de favelas ou de prédios da classe média ou rica. Ninguém está livre do crime, não importando idade, sexo, ideologia, classe social. A bandidagem continua transformando nossas cidades em territórios de guerra civil. E as autoridades ditas competentes ,cruzam os braços e discursam, defendendo os direitos humanos dos bandidos. A sociedade os quer presos e que apodreçam nas cadeias. As autoridades sonham que todos têm como se reintegrar à sociedade. Está se vendo, no dia a dia, quem tem razão.

NÃO MUDOU

A menos de um mês do primeiro turno da eleição em Porto Velho, o quadro não parece ter mudado. Os cinco – Garçon, Nazif, Fátima, Mariana e Português – ao que tudo indicam são os que têm mais chances de chegar ao segundo turno. A surpresa pode ser uma reação forte do PMDB, agora com a forte participação do governador Confúcio Moura e do casal Raupp, apoiando o nome do médico José Augusto. Mário Sérgio, Aluizio Vidal e Waltério Rocha só estão marcando presença. Na próxima semana, pode sair nova pesquisa do Ibope, mostrando como está a situação agora.

PERGUNTINHA

Os criminosos que assassinaram friamente um policial, em Jacy Paraná, quando pegos terão toda a proteção dos defensores dos direitos humanos dos bandidos?

Fonte: Sérgio Pires