quarta-feira, 19 de setembro de 2012

OPINIÃO DE PRIMEIRA


QUANDO OS PMS SÃO MORTOS, NÃO HÁ  MOBILIZAÇÃO
Só em São Paulo, neste ano, 52 policiais militares foram assassinados. Outros tantos no Rio de Janeiro e mais de uma centena no restante do Brasil. Houve tempo em que os bandidos temiam a polícia. Mas nossos legisladores foram dando tantos direitos aos bandidos e tirando-os dos representantes da lei, que conseguiram: hoje nenhum bandidinho de fundo de quintal dá bola às ordens dos policiais e, na grande maioria dos casos, atiram contra os agentes da lei. Para matar. Essa inversão de valores imposta à sociedade brasileira por representantes dos direitos humanos dos criminosos – nunca de suas vítimas – foi engolida no Congresso por políticos ávidos em se proteger, caso algum dia sejam pegos com a boca na botija. Outros, ideológicos, misturaram criminalidade comum com presos políticos, como se tudo fosse igual e, é claro, deram aos bandidos todas as ferramentas para que eles desrespeitem as leis e os seus representantes. Mas há mais: o tráfico de armas permite que a bandidagem tenha armamentos de última geração, de metralhadoras a armas que derrubam helicópteros, enquanto os policiais, no geral, ainda usam o velho calibre 38. E só ele. Num confronto, qual a chance de um policial sobreviver?

Quando, eventualmente, a polícia consegue ganhar dos bandidos – como ocorreu em São Paulo, recentemente, quando nove bandidos foram mortos depois de atacar PMs a tiros – parece que o mundo vai cair. O Ministério Público e parte do Judiciário que sequer se preocupam com as famílias dos policiais mortos, correm a avisar que o ação policial será investigada, para se saber se não  houve excesso. É assim, com as leis dando carta branca aos assassinos e culpando policiais (e ignorando quando são eles, policiais, os mortos), que estamos vivendo uma inversão ded valores que pode colocar nosso país totalmente nas mãos do crime organizado. Com o aval da legislação.
 
CAINDO FORA
Como a coluna antecipou há vários dias atrás, um candidato a vice caiu fora da disputa. É Israel Borges, que estava na chapa com Mário Sérgio. Presidente do PTB, ele havia se aliado ao jovem ex-secretário e vereador, imaginando que ambos tivessem as campanhas bancadas por apoiadores. Nada disso aconteceu. O que se ouve nos meios políticos é que Israel estaria indo de mala e cuia, conforme dizem os gaúchos, para apoiar Lindomar Garçon.

QUINTETO NA BATALHA
Na reta final da campanha – faltam 18 dias para o primeiro turno – a movimentação dos candidatos na Capital também se intensifica. Aparentemente nada mudou e os cinco que, desde o início da corrida tinham chances de ir para o segundo turno, continuam os mesmos. Lindomar Garçon, Mauro Nazif, Mário Português, Fátima Cleide e Mariana Carvalho têm chances maiores, pelo que se ouve. A surpresa poderia ser o médico José Augusto, se a militância em peso do PMDB entrasse na campanha, o que não aconteceu até agora. Desses, restarão dois para a decisão final em 28 de outubro.

CHEGARAM
O crime organizado chegou mesmo a Rondônia. Não há mais como negar. Bandidos muito preparados, fortemente armados (estariam sendo comandados de dentro de algum presídio?), estão aterrorizando comunidades do interior, destruindo caixas eletrônicos de bancos, fazendo reféns, ignorando a polícia e fugindo sem que sequer se tenha alguma pista deles. Os últimos dois ataques – em Jacy Paraná e Ministro Andreazza – atestam que as organizações criminosas “descobriram” Rondônia. Estamos fritos!

COINCIDÊNCIA APENAS?
Será apenas coincidência o fato de que, desde que o Presídio Federal de Porto Velho ter recebido alguns dos maiores criminosos do país, o crime organizado começar a agir em todo o Estado? Para a Secretaria de Segurança Pública, não há qualquer ligação entre os bandidões na cadeia e os assaltantes que infernizam pequenas localidades, destruindo bancos e praticando toda a violência imaginável. Mas que a gente fica pensando que é muita coincidência, isso se pensa mesmo!

FRUSTRAÇÃO
É visível a frustração do prefeito Roberto Sobrinho com a decisão da empresa que estava construindo os viadutos, de abandonar as obras. Sobrinho  planejava entregar pelo menos dois deles – o da avenida Jatuarana e o do Trevo do Roque – antes de encerrar seu segundo mandato. Mas, a sucessão de fatos negativos, um depois do outro, acabou frustrando este projeto. Pior de tudo é que o prefeito de Porto Velho, que tanto se esforçou para que as obras fossem realizadas, acaba sendo criticado e pagando por erros que ele jamais cometeu. Uma pena.

SAIDINHA
Voltou com força, até pela total falta de policiamento, os ataques de assaltantes na saída dos bancos em Porto Velho. Vários casos ocorreram nos últimos dias. Duas conhecidas jornalistas estão entre as vítimas. Toninha Lima, da TV Candelária/Record e Yale Dantas, do SBT. As duas retiraram dinheiro (no caso de Yale, o salário inteiro) e quando saíam foram recebidas por assaltantes armados, que roubaram a ambas. Sem qualquer policiamento na área dos bancos, tais crimes vão continuar se repetindo, sem que ninguém seja preso.

PERGUNTINHA
Algum empresário que ganha concorrências públicas e depois abandona as obras, já foi processado e preso nesse país?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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