A retomada das aulas nos campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir) na Capital e interior do Estado aconteceu na última segunda-feira, depois de uma paralisação dos professores que durou quatro meses e após uma cansativa negociação entre governos e docentes. Os acadêmicos agora correm contra o tempo e buscam recuperar o tempo perdido.
O que a reportagem do Diário constatou no primeiro dia de aula foi a mesma deficiência existente no campus antes de engrossar a paralisação da categoria em busca de melhoria salarial, um problema que atingiu o país. Em algumas salas de aula, o ar-condicionado continua sem motor, falta melhoria na estrutura física e se percebe um cenário de abandono.
A dificuldade de acesso à Unir também não alterou a rotina dos acadêmicos. Os ônibus que fazem o percurso de Porto Velho até a universidade estão sempre lotados. Muito ainda precisa ser feito para melhorar a estrutura física da universidade, mas esse desejo não depende da atual reitoria. Em Rolim de Moura, por exemplo, faltam laboratórios para atender alguns cursos. Na cidade de Cacoal, a estrutura do prédio está comprometida e não teria sido entregue dentro do que foi estabelecido no contrato com a empresa responsável pela obra.
Algumas obras foram paralisadas em decorrência de irregularidades e o trabalho de fiscalização dos órgãos federais é lento e segue quase parando. Convênios foram suspensos, licitações receberam sinal vermelho do Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal ainda investiga denúncias de irregularidades na Fundação Rio Madeira.
Composta por um quadro de profissionais com reconhecimento internacional, a instituição de ensino resiste aos problemas e tenta construir uma nova história em Rondônia. A missão é difícil, mas a sociedade deposita forte confiança no trabalho da nova reitoria para o próximo ano. Para isso, é necessário a presença de um corpo técnico capaz de vencer a burocracia e mudar o atual cenário de abandono.
Fonte: Editorial - Diário da Amazônia
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