A educação e o conhecimento científico ajudam "um pouco", mas ninguém escapa totalmente de se agarrar a crença sem fundamento, inclusive as mais malucas. Em essência , esse é o argumento de "Cérebro & Crença" (JSN Editora, 390 págs), novo livro do psicólogo americano Michael Shermer, 57, cujo conteúdo ele resumiu no ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, na capital paulista.
Colunista da revista "Scientific American", Shemer explora com habilidade como a evolução moldou a mente humana para achar padrões na natureza - inclusive criando "falos positivos" com muita frequência. Essa percepção é um dos achados importantes dos estudos recentenes sobre a bilologia da crença, um tema, que segundo ele, deve seu florescimento recente aos ataques de 11 de setembro de 2001.
"As pessoas viram que era preciso entender a religião e o poder que ela tem", afirma. Shermer não se diz precoupado com o barulho que movimentos pseudocientíficos, como os criancionistas e os contrários à vacinação de crianças - têm feito nos EUA. "Os exemplos que você cita têm basicamente motivação política e estão ligados à direita, mas a esquerda americana também tem seu lado anticientífico, como seu medo dos transgênicos", afirma. "São ondas, que acabam passando. No caso dos céticos do clima, está durando mais do que eu imaginava, infelizmente", arremata.
Fonte: Jornal Alto Madeira
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