segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FELICIDADE

Jesus inicia o Sermão da Montanha com as bem-aventuranças, ensinando em que consiste a felicidade.
Qual felicidade buscamos e como a procuramos? Seria ela o bem-estar e a prosperidade econômica, que permitem usufruir dos bens e prazeres da vida com o menor esforço possível?  Seria a riqueza material, apresentada por tantos líderes religiosos como a verdadeira benção de Deus?
Não é esse, certamenter, o ensinamento de Jesus.  O Mestre  diz que felizes mesmo são os "pobres em espírito", expressão que melhor se traduz como "pobres de Espírito".  Pois felicidade, num mundo de aflitos, num mundo de famintos de justiça e pão, é deixar-se guiar pelo Espírito de Deus.  Felizes são  os que sentem a pobreza na pele, os que renunciam a cobiça, os simples e pequenos, os que estão vazios de tudo e só têm a Deus como defensor.
Longe de propor o conformismo, Jesus ensina o caminho da felicidade como a promoção da paz, a vivência de misericórdia, a busca da justiça.  E porque felicidade é busca constante, de fato só a encontra quem não se conforma com o que aí está.
Deixando-se guiar pelo Espírito de Deus, os pobres ensinam, como o Mestrre, a solidariedade das relações, ainda que isso venha acompanhado de perseguições e calúnias.
Se é certo que a plenitude do Reino virá na eternidade, é também certo que a ação dos pobres no Espírito atualiza hoje a ação de  Jesus no mundo, inserindo-os numa lógica diferente, a lógica do reinado de Deus.
Jesus não está falando de sofrimento e privações no presente que fazem as pessoas mercedoras do reino futuro.  Está falando sim, de um mundo novo, que se vive no presente, como novas relações e modos de viver a vida em comunidade.
Todos os Santos, que hoje celebramos, são para nós inspiração e modelo de felicidade.  Que com eles possamos buscar  a felicidade que o Mestre ensinou, a única autêntica, dos pobres, a felicidade que se leva para a eternidade.
Fonte: Pe. Paulo Bozaglia/O Domingo

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