quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mapeando a riqueza

A idéia de mapear as riquezas brasileiras é antiga.  Antes mesmo que a família real trouxesse, em 1808, uma equipe de sábios europeus para registrar as características e potencialidades do Novo Mundo a proposta já animava pesquisadores lusitanos e espanhóis.
Com a tecnologia, e principalmente com a informática, as possibilidades aumentaram.  A Petrobras conta com uma bela coleção de biomapas mostrando em detalhes a diversidade terrestre e marinha.
São infinitas e imaginárias todas as possibilidades do desenvolvimento de softwares livres, mas apenas imaginar que eles possam contribuir no esforço coletivo para reduzir a pobreza no mundo já seria uma proposta reconfortante.
No curso do desenvolvimento dessa idéia, um de seus desdobramentos foi mapear as dificiências para facilitar seu combate e apoiar a superação da miséria.  Essa foi á base do curso de geoprocessamento com software livre intitulado TerraView Política Social.
A proposta inicial foi possibilitar a produção de análises espaciais  a partir de dados sociais, econômicos e demográficos, para utilização por pesquisadores e gestores públicos na busca de saoluções positivas.
Em prática desde 2008, por iniciativa do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), localizado em São Paulo, o treinamento é destinado a usuários não especialistas ligados principalmente à area de políticas sociais, como educação, saúde, transferência  de renda e habitação.
O programa, que utiliza o softeare Terra View Política Social, foi desenvolvido pelo CEM em parceria com a Divisão de Processamento de Imagens (DPI) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  O software é um aplicativo construído a partir da biblioteca de geoprocessamento TerrLib para visualização e exploração de dados geográficos e pode ser baixado gratuitamente pela internet.  O programa possibilita que gestores públicos de muitas cidades brasileiras utilizem a ferramenta para o planejamento de políticas em áreas prioritárias.
O geoprocessamento propicia uma análise dos dados de maneira local e espacial, ou seja, é possível localizar onde os problemas realmente acontecem.  Nosso interesse ao desenvolver o curso foi democatrizar esse recurso.
Fonte: Cotidiano/Diário da Amazônia

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