Meu Deus! E êste morcêgo! E, agora, vêde:
Na bruta ardência orgânica da sêde,
Morde-me a goela ígneo e escaldante môlho.
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----Digo, Ergo-me a tremer. Fecho o ferrôlho
E o olho o tecto. E vejo-o ainda, igual a um ôlho,
Circularmente soôbre a minha rêde!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
Ao tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é êste morcêgo!
Por mais que a gente faça, à noite, êle entra
Imperceptívelmente em nosso quarto!
Augusto dos Anjos
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