quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PAPA SE DIZ PREOCUPADO COM AUGE DE IGREJAS EVANGÉLICAS

A bordo do avião papal, 18 Nov (EFE).- O papa Bento XVI expressou nesta sexta-feira sua preocupação pelo auge das igrejas evangélicas na América Latina e África.Na conversa com jornalistas a bordo do avião que o leva a Cotonou, capital do Benin, o papa afirmou que frente a esse desafio a Igreja Católica tem que oferecer uma mensagem simples, profunda e compreensível.O papa afirmou que as igrejas evangélicas estão crescendo porque expõem uma mensagem aparentemente compreensiva e uma liturgia participativa que, na realidade, consiste no "sincretismo de religiões".
"Isso garante um êxito, mas também resulta em pouca estabilidade", ressaltou. O religioso disse que é muito importante que o cristianismo não se conceba como um sistema difícil, e tenha uma mensagem universal.
Bento XVI acrescentou que muitas vezes esses fiéis voltam à Igreja Católica ou adotam outras igrejas pentecostais. Por isso, o papa defende uma mensagem "simples, profunda e compreensível" para que não aconteça uma fuga de cristãos para estas igrejas.
O religioso disse exigir reconciliação, justiça e paz nas guerras que ainda existem na África. "Muitas vezes as palavras foram maiores que as intenções, que a vontade de realizar esses acordos", disse em encontro com jornalistas em cúpulas sobre a pacificação do continente.
O papa pediu aos políticos e às pessoas que enxerguem além do egoísmo. "A África é um grande pulmão espiritual para uma humanidade em crise de fé e esperança", afirmou.
Bento XVI lembrou que em 50 ou 60 anos de independência, as maiorias dos países africanos tiveram que enfrentar processos muito rápidos de mudança. "A humanidade se encontra em processo cada vez mais rápido de transformação, e para os povos africanos é um processo difícil, que exige a colaboração de todos", ressaltou.
Entretanto, o papa defende que a África tem muito a mostrar ao mundo. Para ele, o continente tem um "frescor" e "uma juventude cheia de entusiasmo", e que apesar dos problemas, há "uma reserva de vida e de futuro" que todos temos que levar em conta, ressaltou.
O papa destacou que vai o Benin porque é "um país que recuperou a democracia, no qual há paz, liberdade, responsabilidade e justiça, e as religiões convivem no meio de um respeito recíproco".
No país, o religioso também prestará homenagem ao cardeal Bernardin Gantin, morto em 2008: "Era um humanista, um homem de fé e um grande bispo africano muito inteligente", afirmou. EFE

Fonte: Yahoo

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